FONTE: LUÍS XIV. AUTOR: PETER ROBERT CAMPBELL, EDITORIAL PRESENÇA
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019
segunda-feira, 28 de janeiro de 2019
quinta-feira, 24 de janeiro de 2019
Congresso de Viena - Europa - 1815. A Busca pelo Reequilíbrio Europeu
segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
TRATADO DE VERDUN 843 Divisão do Império Carolíngio entre os Três netos de Carlos Magno
sábado, 24 de novembro de 2018
Padroeiro dos Assassinos Arrependidos
Gontrão, líder da Borgonha no século VI DC, foi um líder guerreiro numa época em que a Guerra era o estado normal do convívio entre as pessoas.
Gontrão fundou um Reino Burgúndio distinto que existiu durante um século e meio, até a sua reabsorção por Carlos Martel. Alguns estudiosos situam esse Reino como um 3º Reino Burgúndio.
O reinado de Gontrão foi uma sucessão infindável de guerras, assassinatos, intrigas e traições. Seus exércitos lutaram em vários pontos da atual França.
(página 134).
O reino de Gontrão foi encerrado por Carlos Martel, o franco fundador da Dinastia Carolíngia.
"Gontrão passou seus últimos dias de vida a jejuar, a rezar e a chorar. A sua capital era Cabilo (Chalon sur Saône), e lá foi sepultado, na Igreja de São Marcelo.
FONTE:
Reinos Desaparecidos, história de uma Europa quase esquecida. Norman Davies, Edições 70.
REINOS DESAPARECIDOS: 2º Reino Burgúndio Tratado de Verdum - Divisão do Império Carolíngio
Após a queda do 1º Reino Burgúndio, há uma dispersão dos membros desse reino pelo interior do Império Romano.
Eles voltam a se reunir em torno do General Flávio Aécio numa guerra contra Átila, o rei do hunos. Os burgúndios ajudaram Aécio na vitória contra Átila, ocorrida no ano de 451, que ficou conhecida para a posteridade como a Batalha nos Campos Cataláunicos.
Como retribuição, os burgúndios receberam de Roma uma área extensa, que atualmente compreende uma área composta pelas cidades de Dijon, Lyon, Basileia, Genebra, Saint Maurice, Besançon.
Ao sul, o Reino estendia-se até o estuário do Ródano, nas cidades de Avinhão e Arles:
Esse 2º Reino Burgúndio era vassalo do Império Romano. Sua capital ficava em Genebra.
Seu fim chegou pelas mãos de outro povo Germânico, os Francos.
Os Francos, em seu processo de expansão, conquistaram o Reino de Tolosa, já tratado nesse Blog, no início do século VI, durante a Batalha de Vouillé. Na sequência, os Francos conquistaram o 2º Reino Burgúndio (final do século VI).
Os Burgúndios seriam vassalos dos Francos por 300 anos e estariam ligados ao destino do Império Carolíngio.
No ano de 843 o Império Carolíngio foi dividido em três partes entre os netos de Carlos Magno. Lotário, o mais velho, ficou com o título de Imperador e com a Lotaríngia, um extenso território que abrangia do Mar do Norte até Roma, passando por Metz. Carlos, o Calvo, ficou com a Frância Ocidental (tornar-se-ia a França) e Luis ficou com a Frância Oriental (futura plataforma de lançamento da moderna Alemanha)
Quem estuda o Império Carolíngio deve ter em mente o Número 3, pois a sua história abrange três divisões. Além da já referida acima, houve mais duas divisões:
Houve a divisão informal da Lotaríngia em três áreas: A norte, uma área conhecida como Lorena, abrangendo do Mar do Norte até Metz. No centro, a parte que nos interessa, a Borgonha e a sul a Itália, até Roma.
A última e segunda divisão se deu numa das partes da Lotaríngia, a Borgonha, da seguinte forma:
1) Ducado da Borgonha: Troyes, Dijon, Chalon
2) Reino da Baixa Borgonha: Lyon, Arles e Avinhão
3) Reino da Alta Borgonha: Basileia, Saint Maurice, Genebra, Besançon.
Reinos Desaparecidos da Europa - Burgúndia - 1º Reino Burgúndio - Worms
Da mesma forma como as pessoas, Reinos nascem, desenvolvem-se e morrem. Houve um povo de bárbaros cujo nome deu origem a vários nomes de Reinos e de Topônimos na Europa. Estamos falando de um povo germânico originário de uma ilha localizada no Báltico, que hoje pertence à Dinamarca. Trata-se da ilha de Bornholm.
O povo referido é o Burgúndio, que deu origem ao nome Borgonha.
Os Burgúndios deslocavam-se muito. Assim como outras tribos bárbaras, iam em busca de terras que lhes proporcionassem meios de sobrevivência. Ali ficavam até que aquela terra não fosse mais capaz de lhes proporcionar sustento.
Os Burgúndios saíram da ilha de Bornholm e buscaram refúgio na região do Baixo Vístula no século I DC. Depois encaminharam-se para Oeste, passando pelos Rios Oder, Elba e Main.
No século V DC, aproveitando-se da irrupção bárbara pelo Império Romano, atravessaram o Rio Reno e, na atual Worms, criaram um Reino, que viria a ser o primeiro Reino Burgúndio, sob a chefia do líder guerreiro GONDICÁRIO.
A vida desse reino seria curta, pois os Romanos, sob a liderança do General Flávio Aécio, empreenderam lutas incessantes até que o Primeiro Reino Burgúndio fosse destruído.
Fonte:
(Reinos Desaparecidos, Norman Davies, Edições 70, páginas 119/188)
domingo, 18 de novembro de 2018
Ó Deus dos deleites sensuais
"Ó Deus dos deleites sensuais
Vós, minha única divindade,
Vinde, coroai minha fidelidade."
(Frederico II, o Grande. Rei da Prússia)
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Fonte:
Retirado do Livro "Frederico, o Grande, Rei da Prússia, de Tim Blanning, Editora Amarilys, página 311
Frederico, o Grande. Tim Blanning. Editora Amarilys 2018
"QUEM SE SENTIR INFELIZ NESTE MUNDO, QUEM NÃO CONSEGUIR ENCONTRAR O QUE BUSCA - QUE ENTRE NO MUNDO DOS LIVROS, DA ARTE E DA NATUREZA, ESSE ETERNO DOMÍNIO QUE É SIMULTANEAMENTE ANTIGO E MODERNO, E VIVA ALI NESSA IGREJA SECRETA DE UM MUNDO MELHOR. ALI CERTAMENTE ENCONTRARÁ UM AMANTE E UM AMIGO, UMA PÁTRIA E UM DEUS."
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FONTE:
(Poeta Romântico Novalis, pseudônimo de Georg Philipp Friedrich Von Hardenberg)
Citação retirada do livro "Frederico, o Grande, O Rei da Prússia", de Tim Blanning, Editora Amarilys, páginas336/337)
domingo, 16 de setembro de 2018
Os últimos dias de Henrique VIII
Henrique VIII, famoso monarca Inglês, procurava uma mulher para casar. Um diplomata francês abordou Henrique IV para oferecer a ele conterrâneas suas. A conversa seguiu da seguinte forma:
"Sugeriram-se mais senhoras francesas núbeis, designadamente as sedutoras irmãs de Marie, Louise e Renée. Entre os seus vários encantos e motivos de atração, sabia-se que a rosada Louise era virgem. O embaixador francês Louis de Perreau, Sieur de Castillon, disse ao rei, com alguma lascívia: 'Levai-a! É uma donzela, tereis deste modo a vantagem de poder moldar a passagem à vossa medida.'
Fonte: Os Últimos Dias de Henrique VIII, de Robert Hutchinson, Editora Casa das Letras, página 20.
Coleção Vidas Extraordinárias. Ivan, O Terrível. Capítulo 2
Anotações extraídas da leitura do Capítulo 2
Uma Criança no Trono
Com a morte de Vasíli III em dezembro de 1533, em teoria, todo o poder estava concentrado nas mãos de uma criança ruiva que contava com 3 anos de idade. Essa criança, quando completasse a maioridade, tornar-se-ia IVAN IV, e ficaria conhecido como Ivan, O Terrível (Grozni).
Nessa época, o Principado de Moscóvia, embrião da atual Rússia, contava com oito milhões de habitantes, compreendendo um território que ia do Oceano Ártico a norte até as estepes meridionais, onde fazia fronteira com os Canatos habitados pelos tártaros, estes sendo remanescentes do grande conquistador Gengis Khan do século XIII.
A Oeste o Principado de Moscóvia fazia fronteira com o Grão-Ducado da Lituânia. E a Leste havia a fronteira com um outro Canato, o de Kazan.
A vida de Ivan IV no Kremlin, centro do Poder Russo, não seria fácil.
O maior perigo para um monarca russo residia em sua própria família, pois era nela que residia aqueles que poderiam sucedê-lo se algo de ruim lhe ocorresse.
Ivan IV tinha dois tios vivos, Andrei de Staritsa e Iuri de Dmitrov. Se algo viesse a ocorrer a Ivan IV, um de seus tios poderia assumir a coroa russa.
Sendo uma criança, Ivan IV reinava, mas sob a regência de sua mãe, Elena.
Nessa época, o homem mais poderoso da Rússia era Mikhail Glinski. Era o governante de fato da Rússia.
Na Rússia de então, as intrigas palacianas, as conspirações, as traições, a inveja, a cobiça, a sede por poder eram intermináveis. Inocentes poderiam se ver acusados de estarem tramando golpes.
Foi o que aconteceu com o Príncipe Iuri de Dmitrov, que se viu acusado de tramar contra seu sobrinho Ivan IV. Foi preso por isso e morreu na prisão.
A vida na corte russa era um perpétuo perigo.
O acusador e algoz de hoje poderia ser o acusado e a vítima de amanhã. Ninguém estava seguro.
Nesse sentido, o próprio homem poderoso daquela época, como acima referido, Mikhail Glinski, caiu em desgraça ao confrontar sua sobrinha, Elena, regente e mãe de Ivan IV, pelo fato desta ter uma amante.
Por confrontar sua sobrinha, Mikhail, outrora poderoso, foi preso e morreu na prisão.
O novo poderoso da vez era o amante de Elena, o príncipe Oblanski.
A próxima vítima foi um outro tio de Ivan IV, Andrei de Staritsa, igualmente acusado de conspirar contra seu sobrinho. Também seria preso e morreria na prisão.
Parecia que a Regência de Elena, com a proteção de seu amante, o Príncipe Oblanski, estava segura. Bastaria esperar o tempo passar até que Ivan IV atingisse a Maioridade e assumisse ele mesmo o poder total na Moscóvia.
Mas não era assim que as coisas aconteciam no Kremlin. A disputa pelo poder era interminável.
Em 3 de abril de 1538, Elena falece. Ela era ainda jovem e contava com boa saúde, de forma que houve a desconfiança de que tratou-se de um envenenamento.
Com a morte de Elena, seu amante, Oblanski, que tinha muitos inimigos, caiu em desgraça e foi mandado para a prisão.
O poder agora estava nas mãos do Príncipe Vasíli Chuski, que era membro do Conselho dos Boiardos, esfera de poder que servia como aconselhamento para os governantes russos.
A família Chuski descendia de Grãos-Príncipes governantes de Nijni Novgorodo e Suzdal, que foram derrotados, no início do século XV, pelo grão-príncipe de Moscóvia.
A família Chuski nunca se conformou com a perda de status, de forma que sonhava em tomar o poder em Moscóvia.
Príncipe Vasíli Chuski morre e assume o poder (função de Regente) seu irmão Ivan Chuski.
Com as mortes de uns, as prisões de outros, a ascensão ao poder de outros, a queda de outros, o jogo pelo poder russo é interminável. A disputa pelo poder não cessava, o ódio, a inveja, a cobiça não cessavam.
O entra e sai de Regentes continuava: Sai Ivan Chuski, entra o Príncipe Ivan Belski. Ivan Chuski ainda voltaria depois.
No meio de tudo isso, vivia a criança que no futuro tornar-se-ia Ivan IV, o Terrível.
Vendo todas essas intrigas, golpes, mortes, prisões, contragolpes, estava uma criança, Ivan, o futuro Ivan IV, o Terrível, que desde cedo compreendeu tudo e levaria para a sua vida adulta esse aprendizado de como era perigosa a vida na Rússia, de como o Poder, por maior que fosse, podia escapar das mãos de quem o detinha.
Esse mundo não comportava gente boazinha.
Fonte: Coleção Vidas Extraordinárias. Ivan, O Terrível. Autores: Nikita Romanoff e Robert Payne.
Editora Nova Fronteira, páginas 22/40.
Coleção Vidas Extraordinárias: Ivan, o Terrível - Capítulo 1
Anotações extraídas do Capítulo 1
Ivan IV, que viria a ser conhecido como Ivan, o Terrível, era filho do Grão-Príncipe Vasíli III, soberano do Principado de Moscóvia, embrião da atual Rússia.
A ascendência de Ivan IV remonta a Rurik/Riúrik, uma figura lendária que é considerado o pai do Estado Russo.
A avó paterna de Ivan IV era Sofia Paleologina, descendente de Imperadores Bizantinos.
O Grão-Príncipe Vasíli III era visto como o canal por meio do qual a vontade de Deus era comunicada às pessoas.
Diziam os Moscovitas que a Vontade de Vasíli III era a Vontade de Deus, de forma que seu poder era absoluto. Era um autocrata.
Na Rússia de Vasíli III, início do século XVI, os pobres sofriam de forma atroz, os ricos eram muito ricos e uma classe média despontava e vivia com conforto.
O herdeiro de Vasíli, Ivan IV, nasce em agosto de 1530. Sua mãe era Elena, proveniente de uma família de nobres russos.
Ivan IV foi assim chamado em homenagem a São João Batista (Ivan é o equivalente russo de João).
Vasíli III morreu em 3 de dezembro de 1533.
Vasíli III passa seu reino ao seu filho Ivan IV, que por ser jovem demais, reinaria sob a regência de sua mãe Elena.
Fonte:
Coleção Vidas Extraordinárias. Ivan, O Terrível. Autores: Nikita Romanoff e Robert Payne.
Editora Nova Fronteira, página 9/26.
terça-feira, 4 de setembro de 2018
Reino Do Rochedo Dumbarton Alt Clud
Reino localizado no norte da Grã-Bretanha, atual Dumbarton, no estuário do Rio Clyde.
Dumbarton extraído do gaélico Dun Breteann (Forte dos Bretões) - página 68.
O Reino do Rochedo viveu durante a denominada "Idade das Trevas", período compreendido entre a saída dos Romanos da Grã-Bretanha e a chegada dos anglo-saxões e vikings - séculos V,VI,VII,VIII e IX. Localizava-se numa área denominada Intervallum, que ficava compreendida entre as muralhas romanas de Antonino e de Adriano (velho norte da Grã-Bretanha)
A Grã-Bretanha sempre foi uma ilha cobiçada. Além dos Romanos, anglo-saxões, gaels irlandases e vikings invadiram-na.
Os Bretões, seus habitantes originais, acabaram por se tornar estrangeiros em suas próprias terras, sendo chamados de walchaz pelos invasores alemães anglos-saxões, daí a derivação para Wales, no atual País de Gales, um dos últimos redutos dos bretões.
Os Bretões dominavam a ilha (Grã-Bretanha) antes da chegada dos Romanos.
Com o fim da Britânia Romana, no século V, e com a chegada da tribos germânicas (anglo-saxões), os bretões resistiram em alguns lugares da ilha: Cornualha; Gales (Wales) e Reino do Rochedo.
O livro em destaque nesse post trata especificamente do Reino do Rochedo, atual Dumbarton.
O Reino do Rochedo foi apenas um de vários reinos que surgiram na Grã-Bretanha após a saída dos romanos no ano de 410 dC. Eram constituídos por um chefe de guerra que se destacava militarmente de modo a conquistar terras e submeter as pessoas que ali viviam. Formalmente não se poderia falar em Reino e nem que houvesse um Rei Coroado, ungido por Deus. Os homens que mandavam nessas terras, após a saída dos Romanos, eram chefes de guerra, homens que se destacavam pelo comando e pelo sucesso em submeter outros homens à sua vontade, por meio da força bruta, por meio da espada.
"Dux Bellorum" = Chefe de Guerra.
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"É óbvio que o termo , tal como é usado nas fontes e pelos historiadores, denota um título algo presunçoso. Estes governantes não eram monarcas coroados, mas chefes de bandos de guerra que impunham a sua vontade e cobravam tributos. As oscilações na sua posição eram ditadas pelo número de povoações das quais conseguiam extrair tributos." (página 77)
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Era uma época onde a guerra fazia parte do dia a dia das pessoas. O guerreiro era o herói da época, homenageado em escritos:
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"Ele levantou-se de manhã cedo
Quando os centuriões se apressam a reunir o exército,
E deslocou-se de uma posição avançada para outra.
À frente de cem homens, foi o primeiro a matar.
A sua sede de cadáves
era tão grande quanto a de hidromel e vinho.
Com um ódio absoluto,
O Senhor de Dumbarton, o guerreiro risonho,
Matava os inimigos."
(página 88)
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Durante sua existência, o Reino do Rochedo lutou contra a invasão das tribos germânicas, como por exemplo os Anglos.
Bretões do Reino do Rochedo e de outros reinos vizinhos e Anglos travaram as batalhas de Catraeth e Nechtansmere.
Até seu desaparecimento, o Reino do Rochedo ainda viria a sofrer com as invasões dos Vikings e com o Reino de Alba, atual Escócia.
Os remanescentes bretões do Reino do Rochedo, diante de tantas vicissitudes, buscaram refúgio na área que hoje compreende o Reino de Gales (Wales).
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"O desaparece . Dun Breteann, o Forte dos Bretões, some por completo do registro histórico entre 944 e a Baixa Idade Média." (página 111)
Fonte de Pesquisa: "Reinos Desaparecidos, história de uma Europa quase esquecida, de Norman Davies, Edições 70.
NASCIMENTO DA URSS - União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
Em fevereiro de 1917, um movimento revolucionário acarretou a abdicação do Czar Nicolau II, governante do Império Russo. Um governo provisório foi formado. Em 7 de novembro de 1917, um golpe de estado encabeçado pelos bolcheviques, sob a liderança de Vladimir Lênin, sob o lema "Pão, Terra e Paz", derruba o governo provisório liderado pelo menchevique Alexander Kerensky.
Em março de 1918, em Brest-Litovsk, a Rússia bolchevique estabeleceu um acordo com os alemães para encerrar a guerra no Leste europeu. Lênin teve que ceder territórios russos para conseguir a paz com os alemães, mas isso para ele não era um problema pois acreditava que a revolução comunista sob seu comando iria se expandir pela Europa, de forma que as fronteiras entre os Estados seriam coisas do passado. Lênin acreditava que a união dos Proletários europeus derrubaria as fronteiras nacionais, resultando na formação de uma sociedade fraternal.
Ao mesmo tempo que negociava a paz com os alemães, Lênin, com a ajuda de Trotski e de seu Exército Vermelho, combatia uma guerra civil contra aqueles que queriam a volta do Czar Nicolau ao poder. Na concepção de Lênin, o Exército Vermelho tinha três missões:
a) Manter íntegro o núcleo território russo, expulsando dele aqueles que lutavam pela volta do Czar Nicolau II
b) Tentar recuperar para a Rússia Estados Nacionais que, se aproveitando da Guerra Civil, buscavam sua independência (Estados Bálticos: Estônia, Letônia e Lituânia; Polônia e Finlândia).
c) Superados os dois obstáculos anteriores, avançar pela Europa, de forma a espalhar a Revolução do Proletariado.
O Exército Vermelho foi parcialmente bem sucedido. Conseguiu manter intacto o núcleo formador do território russo (Bielorrússia, Ucrânia, Sibéria, Ásia Central). Por outro lado, não conseguiu impedir a independência dos países bálticos, da Polônia e da Finlândia e também não conseguiu exportar a Revolução Comunista para o resto da Europa, sendo derrotado pelos poloneses de Josef Pilsudski no verão de 1920.
Diante desses reveses enfrentados pelo Exército Vermelho, Lênin teve que abandonar temporariamente seu ideal internacionalista de expandir a Revolução Comunista para fora da Rússia.
A partir de 1922, problemas de saúde. impossibilitaram Lênin de governar, substituindo-o no poder Josef Stalin.
Stalin abandonou de vez a ideia de expandir a Revolução Comunista, adotando o lema do socialismo num só país. Stalin queria, antes de qualquer coisa, fortalecer seu próprio poder, fortalecer a Rússia economicamente e militarmente, de forma a poder, no futuro, enfrentar, em igualdade de condições, as potências capitalistas.
Nesse contexto de fortalecimento interno, no dia 1º de janeiro de 1924, nasceu a URSS (CCCP em alfabeto cirílico), União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. A URSS englobava vários estados nacionais nominalmente autônomos, entre eles o mais importantes deles, a República Socialista Federada Soviética da Rússia (R.S.F.S.R) .
Acima dessas organizações estatais, uma nacional, a URSS, e as restantes de caráter local, representadas por vários estados nacionais, pairava o Partido Comunista da União (V.K.P), detentor da palavra final sobre todos os assuntos, sob o comando do Secretário-Geral do Partido, Josef Stalin.
O V.K.P., Partido Comunista da União, sob o comando de Stalin, detinha um poder absoluto, que pairava sobre uma entidade estatal de abrangência nacional, a URSS e sobre as várias repúblicas nacionais nominalmente autônomas. Tratava-se da Adoção do Estado Partidário, onde as organizações estatais de âmbito nacional ou local subordinavam-se a um Partido Político.
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Fonte: Anotações extraídas da leitura do Livro Reinos Desaparecidos, estória de uma Europa quase esquecida, de Norman Davies, edições 70.
https://www.almedina.net/product_info.php?products_id=32093
domingo, 26 de agosto de 2018
Nazismo (Nacional Socialismo) e Comunismo
Nazismo (Nacional Socialismo)
PECADO ORIGINAL: Miscigenação resulta na degenerescência de um povo.
NATUREZA: Poder da Lei Natural que consagra a natural divisão racial.
OBJETIVO: Luta eterna
APOIA-SE: Eliminação da Divisão de Classes através da formação de uma Comunidade Nacional baseada no sangue, na raça.
POSTULADO: Força de Vontade Humana
Comunismo
PECADO ORIGINAL: Propriedade Privada. A propriedade privada é um roubo.
NATUREZA: Dominar a Natureza para benefício do homem.
OBJETIVO: Paz perpétua
APOIA-SE: Na Luta de Classes
POSTULADO: Determinismo econômico
FONTE: 1924, O ANO QUE CRIOU HITLER, Peter Ross Range, Editorial Presença, página 220
sexta-feira, 24 de agosto de 2018
O que os nazistas pretendiam fazer com os Judeus?
1º) Alternativa: Levá-los para a ilha de Madagascar. A dificuldade logística para implementá-la frustrou essa primeira alternativa.
2º) Alternativa: Com a obtenção de uma esperada rápida vitória contra a URSS, os judeus seriam jogados em alguma área no vastíssimo território da URSS.
3º) Alternativa: Com a guerra contra a URSS numa situação de impasse, surgiu a ideia de simplesmente exterminar fisicamente os judeus
Com a entrada dos Estados Unidos na 2º Guerra, Hitler declarou, em 12 de dezembro de 1941, que era hora de limpar a mesa, era hora de destruir os judeus.
Hitler havia avisado: Se os judeus provocassem mais uma guerra mundial, eles seriam destruídos.
Na cabeça do ideólogo nazista Rosenberg, a união de vários países contra a Alemanha nazista era a prova de uma agitação mundial patrocinada pelos judeus americanos. Em represália, os judeus do leste, na cabeça de Rosenberg, fonte e origem do poder dos Judeus moradores dos EUA, seriam exterminados.
Para implantar e organizar o processo de extermínio dos Judeus, os nazistas organizaram um encontro em Wannsee, em Janeiro de 1942, onde ficou estabelecido a forma pela qual os judeus seriam fisicamente exterminados.
(Fonte: O Diário do Diabo, Os Segredos de Alfred Rosenberg, o Maior Intelectual do Nazismo, de Robert K. Wittman e David Kinney, editora Record, páginas 281, 293/296)
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Meu entendimento: Na cabeça de Adolf Hitler, tudo o que acontecia contra a Alemanha, como o impasse da guerra na URSS e a entrada na guerra dos EUA, era fruto das articulações dos judeus.
A Mulher na Rússia Czarista nos séculos XVI e XVII
Na Rússia da época do Czar Aleixo, pai de Pedro, o Grande, a mulher era vista como sendo uma criança tola, indefesa, intelectualmente vazia, moralmente irresponsável e, diante da menor chance, entusiasticamente promíscua. Antes de casar, a mulher pertencia ao seu pai. Ao casar-se, a mulher passava a ser propriedade do marido. Durante a cerimônia de casamento, essa mudança de proprietário era encenada com a entrega pelo pai de um chicote para o noivo. O chicote serviria para admoestar a esposa caso ela cometesse alguma falta. Havia na Rússia dessa época um Código de Conduta da Casa, escrito em 1556 por um Monge. Esse código permitia que o marido usasse o chicote para repreender sua esposa. Um homem quando punia sua esposa por alguma falta dela agia da seguinte forma: Amarrava sua mulher pelos cabelos e a chicoteava, estando ela nua. Se a mulher morresse em razão dos maus tratos, o homem poderia se casar outra vez. Se a mulher reagisse, matando seu marido, ela seria condenada a ser enterrada viva, mantendo-se apenas sua cabeça de fora, aguardando pela sua morte. O destino de uma mulher na Rússia ainda podia ser o convento, mesmo que ela não tivesse vocação religiosa. Ela poderia ser obrigada a entrar num convento caso seu marido quisesse livrar-se dela para se casar com outra. Ao entrar num Convento, a mulher era considerada "morta pelo mundo", de forma que seu marido poderia casar-se com outra. Havia ainda um outro perigo para as mulheres: parentes poderiam mandá-las para Conventos, de forma a se livrar da necessidade de arcar com o dote ou tirá-la da repartição da herança. As mulheres, parentes do Czar, como suas irmãs e filhas, não tinham um destino melhor. Filhas e irmãs do Czar, as denominadas Czarevnas, ficavam reclusas, não podiam casar, devendo passar a sua vida em anônima reclusão, apartadas do mundo exterior, num local denominado TEREM.
(Fonte: Pedro, o Grande, Sua Vida e seu Mundo, Robert K. Massie, Editora Amarilys, páginas 36,37,38, 39, 40 e 41)
Cossacos
COSSACOS: "Kiev e as regiões férteis tanto a leste quanto a oeste do rio Dnieper eram o território dos cossacos, um povo ortodoxo, originalmente composto por vagabundos, saqueadores e fugitivos que haviam deixado para trás as duras condições de vida na antiga Moscóvia para formar bandos de cavalaria não oficiais, tornando-se depois desbravadores, estabelecendo fazendas, vilas e cidades por todo o norte da Ucrânia."
(Fonte: Pedro, o Grande. Sua Vida e seu Mundo. Robert K. Massie, Editora Amarilys, página 15)
sexta-feira, 17 de agosto de 2018
Lênin: "Não há lugar para a Moralidade na Política."
"EM 1918, LÊNIN DISSE A MARIA SPIRIDONOVA, A DOYENNE DOS TERRORISTAS E MEMBRO DO PARTIDO SOCIALISTA REVOLUCIONÁRIO, 'QUE NÃO HAVIA LUGAR PARA A MORALIDADE NA POLÍTICA, SÓ PARA O PRAGMATISMO'."
Fonte: (Lênin, Uma Nova Biografia, de Dmitri Volkogonov, Edições 70, página 54)
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