terça-feira, 26 de março de 2019

Ubermensch e Untermensch



Na Alemanha Nazista, palavras de uso antigo retornavam ao uso diário, adquirindo um "uso moderno sinistramente robusto" (Victor Klemperer)
Exemplos: 
Ubermensch: Super-Homem. 
Untermensch: Sub-humanos (modo pelo qual os nazistas enxergavam judeus e eslavos)

(Fonte: No Jardim das Feras, Intriga e Sedução na Alemanha de Hitler, Erik Larson, Editora Intrínseca, página 139)

segunda-feira, 25 de março de 2019

Regime Nazista e o Fanatismo



Durante o Regime Nazista, o vocábulo "Fanático" passa a ser um elogio. 

"O termo "fanático" tornou-se característica positiva. De repente passou a conotar o que o filólogo Victor Klemperer, judeu que morava em Berlim, descreveu como 'feliz mistura de coragem e fervorosa devoção.' Os jornais controlados pelos nazistas noticiavam uma interminável sucessão de juramentos fanáticos, declarações fanáticas e crenças fanáticas - tudo coisa boa. Goring era descrito como amante fanático dos animais: fanatischer tierfreund" (página 139)

Fonte: No Jardim das Feras, intriga e sedução na Alemanha de Hitler. Autor: Erik Larson, editora intrínseca, página 139

Lebensraum Espaço Vital



A Política Internacional caracteriza-se pela Luta por Espaço. O Espaço é o sustentáculo do Poder Político. 
Pensando dessa forma, Adolf Hitler dizia que a Alemanha tendia à insignificância, tendo em conta a comparação do tamanho de seu território com o de outros países e impérios (URSS, China, EUA, Império Britânico, Império Francês). A solução de Hitler era a seguinte: A Alemanha teria que adquirir territórios no leste. O Leste (URSS,Polônia) seria o Lebensraum da Alemanha, seria o seu espaço vital, dentro do qual pretendia-se diminuir a desproporção entre a população alemã e o seu território. 
Hitler seguia dizendo que para a aquisição desse território seria necessário a união do Volk, num processo de reafirmação nacional, no qual o elemento daninho, o judeu, deveria ser extirpado. O Judeu era visto por Hitler como aquele que confundia e corrompia o Volk (povo alemão), sendo uma ameaça à pureza da raça e também como o autor de uma conspiração internacional plutocrática e comunista contra a Alemanha.

(Informações extraídas da Leitura do Livro Europa, a Luta pela Supremacia, de 1453 aos Nossos Dias, Brendan Simms, Edições 70, páginas 404/405)

Realpolitik


Há traduções de Realpolitik como "política prática" ou "política do realismo". Mas segundo Jonathan Steinberg, o verdadeiro sentido de Realpolitik é extraído da leitura das cartas escritas por Otto Von Bismarck ao General Leopold Von Gerlach, no ano de 1857. "REALPOLITIK é fazer o que funciona e o que serve aos seus interesses."
As cartas de 1857 discutiam a forma pela qual a Prússia deveria tratar Napoleão III.
Leopold Von Gerlach tinha como princípio político a luta contra a Revolução. Pare ele, Napoleão III era a personificação da Revolução, de forma que a política externa prussiana deveria combatê-lo, não podendo haver qualquer contemporização. Para Leopold Von Gerlach, portanto, a política deve se apoiar em princípios e com base neles as alianças e os acordos devem ser feitos.
Otto Von Bismarck também se reconhece como um defensor do princípio que combate a revolução, mas procura mitigar sua posição, dizendo Napoleão III não é o único revolucionário existente, acrescentando que outros países têm suas raízes em processos revolucionários. Dá o exemplo da Grã-Bretanha com a sua revolução Gloriosa. Enfim, Bismarck irá se reunir com qualquer país que, revolucionário ou não, atenda aos ditames de sua Realpolitik: que a aliança funcionasse para a Prússia e que servisse aos interesses da Prússia. 



(Anotações Extraída da leitura do Livro Bismarck, uma vida, de Jonathan Steinberg, Editora Amarilys, página 166/168)


sábado, 16 de março de 2019

Morte de Felipe da Macedônia, resultado da Fúria de um Amante Desprezado


O Homem que assassinou Felipe da Macedônia, pai de Alexandre, o Grande, atendia pelo nome de Pausânias
Pausânias vinha de uma família de nobres macedônios. Ele foi recebido na Corte Real como Pajem e logo caiu nas graças de Felipe em razão de sua beleza.
Mas conforme o tempo passava, Felipe perdeu o interesse por seu jovem amante Pausânias e voltou sua atenção para outro belo membro de sua Corte, cujo nome, coincidentemente, também era Pausânias
O primeiro Pausânias ficou louco de ciúmes e lançou uma campanha difamatória contra o seu rival homônimo, rotulando-o de covarde, vadio e hermafrodita. O segundo Pausânias, contudo, era um corajoso soldado que não iria suportar um ataque contra a sua honra. Para provar o seu valor, o segundo Pausânias se aproveitou de um combate contra os Ilírios para provar a sua coragem, jogando-se numa luta sangrenta, ao custo de sua própria vida.
Um amigo do segundo Pausânias, um General importante do exército de Felipe, de nome Átalo, ao tomar conhecimento da difamação direcionada ao seu amigo e, ao saber de sua morte, resolveu agir contra o primeiro Pausânias. De forma que armou um encontro com ele, o embriagou e, aproveitando-se de seu estado de embriaguez, o sodomizou e fez com que os seus servos fizessem o mesmo.
No dia seguinte, Pausânias, desmoralizado, ridicularizado por todos, buscou justiça. Felipe lhe negou qualquer reparação, pois não poderia agir contra o seu General. Mas Felipe, para apaziguá-lo, fez de seu ex-amante membro de sua guarda pessoal.
Mas Pausânias não seria facilmente apaziguado. Ele continuava sendo alvo de chacotas e zombarias e ainda tinha que ver o seu algoz, o General Átalo, em glória, indo à Ásia Menor, para uma campanha militar grandiosa. Para esquecer seus problemas, Pausânias passou a frequentar as palestras do sofista grego Hermocrátes. Numa dessas palestras, Hermocrátes disse que a forma pela qual se atinge a Glória Imortal é pelo assassinato de um homem importante.
Era tudo o que Pausânias precisava ouvir. Átalo, seu algoz, estava na Ásia, fora de seu alcance, mas Felipe, seu antigo amante e homem que lhe negara justiça, estava ao alcance de suas mãos.
Foi assim então que Pausânias decidiu matar Felipe da Macedônia. No teatro da Colina de Vergina, coração da Macedônia, Pausânias, com uma Adaga, matou Felipe. Pausânias tentou fugir, mas foi capturado e morto. 

(Informações extraídas da Leitura do Livro Alexandre, o Grande, de Philip Freeman, Editora Amarilys, páginas 59/61)

O MAIOR RISCO QUE UMA MEDIDA POLÍTICA PODE CORRER, SEGUNDO BISMARCK



FONTE: BISMARCK, UMA VIDA. AUTOR: JONATHAN STEINBERG, EDITORA AMARILYS, PÁGINA 134

Confederação Germânica - Deutscher Bund


A Confederação Germânica foi criada em 1815 (durante o Congresso de Viena). Era uma recriação da Confederação do Reno de Napoleão, com a Áustria no lugar da França como força diretriz (página 142). 

Era composta por 3 dezenas de Estados, com uma Assembleia em Frankfurt, na qual os Soberanos desses Estados se viam representados. O povo desses Estados não tinha representação alguma.

O Imperador Austríaco e o Rei da Prússia tinham um voto cada um. Três Estados membros eram governados por Monarcas Estrangeiros, os reis da Dinamarca, da Holanda e da Grã-Bretanha. Cada um deles tinha direito a um voto na Assembleia. Baviera, Saxônia, Wurttemberg, Hesse-Kassel, Baden e Hesse tinham direito a um voto cada. Outros vinte e três Estados dividiam entre si 5 votos. As quatro cidades livres de Hamburgo, Lubeck, Bremen e Frankfurt dividiam entre si um voto na Assembleia.
Tratava-se de uma Instituição de caráter permanente e nenhum de seus Estados-Membros tinha o direito de deixá-la.

Fonte: Informação extraída do LIVRO Bismarck, uma Vida, de Jonathan Steinberg, Editora Amarilys, páginas 142/143