Buscar uma mulher para contrair núpcias com o rei importava várias considerações. Era preciso ver se a mulher agradava Henrique. Havia a questão diplomática e por fim a necessidade de se conseguir um filho legítimo e saudável, para dar prosseguimento à Dinastia Tudor.
AS PRIMEIRAS ESPOSAS DE HENRIQUE VIII:
A Primeira esposa de Henrique foi Catarina de Aragão.
"Na década de 1530, em ataque direto à Igreja Católica, anulara a união com a primeira mulher, Catarina de Aragão, argumentando com a incerta consumação do casamento dela com o seu irmão mais velho, Artur, antes de este morrer aos 15 anos, de tuberculose, em 2 de abril de 1502, menos de cinco meses depois de casarem"
(página 19)
Depois veio Ana Bolena, que foi decapitada em 19 de maio de 1536.
O esperado herdeiro, Eduardo, veio finalmente em outubro de 1537, por meio da terceira esposa de Henrique, Jane Seymour.
"Jane morreu passados doze dias, pouco antes da meia-noite, de febre puerperal e septicemia provocadas por uma infecção contraída durante os dois dias e três noite de trabalho de parto..."
(página 20)
Tão logo Jane morreu, começaram as negociações para um quarto casamento para Henrique VIII. Era necessário um novo casamento para que Henrique tivesse um herdeiro sobressalente, herdeiro estepe, caso Eduardo viesse a falecer, numa das inúmeras pestes e febres que atormentavam os londrinos. Havia também a necessidade diplomática. Num primeiro momento, cogitou-se numa esposa francesa, de forma a impedir a união entre as monarquias católicas espanhola e francesa, que poderia se voltar contra a Inglaterra. Buscou-se então uma francesa para Henrique. Vários nomes foram cogitados para depois serem descartados. Nesse meio tempo, o comportamento de Henrique causou um desconforto na corte francesa, pois aquele manifestou seu desejo de viajar para Calais, possessão britânica em território francês, para pessoalmente passar em revista uma seleção de várias francesas, da quais escolheria uma para ser sua rainha. Os franceses sentiram-se ofendidos com essa proposta de Henrique.
"Henrique tinha receio de escolhas que não fossem atraentes, do ponto de vista físico. Por conseguinte, pediu para ser ele próprio a inspecionar sete ou oito princesas francesas, numa marquesa montada na fronteira entre a França e a sua possessão inglesa em Calais, antes da opção final para noiva. Embora fossem devidamente acompanhadas pela rainha francesa, o rei, Francisco I, sentiu-se ultrajado com o pedido e mandou Castillon comunicar a Henrique, em agosto de 1538: 'Não é costume da França mandar donzelas de famílias nobres e principescas para serem vistas como se fossem cavalos para venda' "
(página 21)
"Outros métodos de seleção real mais aceites, que envolviam ponderados relatos diplomáticos sobre a conformidade e aparência, foram firmemente rejeitados por Londres, insistindo Henrique: 'Por Deus! Não confio em ninguém que não em mim. A coisa toca-me de mais. Desejo vê-las e conhecê-las antes de decidir.' "
(página 21)
Mas o esperneio de Henrique VIII de nada adiantou. Ele teria que acreditar no julgamento de terceiros, em pinturas (quadros pintados com a imagem da candidata) para encontrar a sua quarta esposa.
E a ocasião surgiu quando França e Espanha estabeleceram um tratado em 18 de junho de 1538, que obrigou a Inglaterra a arranjar uma esposa numa casa principesca protestante alemã, de forma a evitar o isolamento da Inglaterra na política europeia.
"A 18 de junho de 1583, a França e a Espanha acordaram um rapprochement diplomático, assinado em Nice tréguas para dez anos. Pressionado pelo Papa, Paulo III, planejaram uma ação coordenada contra a heresia religiosa, começando com um embargo comercial. Parecia agora provável a invasão da Inglaterra pelos poderes católicos..."
(página 24)
A escolhida então foi Ana de Cleves, "de 24 anos, vinda de um lugarejo ducal do Baixo Reno." (página 24)
Era uma das duas irmãs solteiras do Duque Guilherme. As negociações chegaram ao fim e o casamento entre Ana de Cleves e Henrique VIII foi acertado à distância. Henrique VIII teve que confiar num retrato pintado de Ana, em depoimentos de enviados. Seria um voo às cegas.
Em 11 de dezembro, Ana de Cleves, vinda de Dusseldorf, chegou a Calais, onde aguardaria o melhor momento para atravessar o Canal da Mancha.
O RECEIO DE DIZER A VERDADE AO TODO-PODEROSO HENRIQUE VIII. NÃO ERA BOM NEGÓCIO SER O PORTADOR DE MÁS NOTÍCIAS PARA UM SOBERANO ABSOLUTISTA.O DESCONTENTAMENTO PODERIA IR ALÉM DA NOTÍCIA EM SI E ABARCAR AQUELE QUE APENAS A TRANSMITIA:
O Conde de Southampton, então Lorde Almirante-mor, fora o designado para fazer a travessia do Canal da Mancha, levando Ana de Cleves para a Inglaterra. O Conde mandou uma carta a Henrique elogiando sua recém adquirida esposa alemã. O que mais ele poderia fazer? "Mas quem poderia culpar Southampton pela ânsia de agradar ao seu real senhor, 'o Nero inglês?' Habitualmente, o portador de más notícias para o todo-poderoso pagava um preço pouco invejável e ele não via motivo razoável para por à prova o instável temperamento de Henrique."
(página 25)
Ana de Cleves desembarcou na Inglaterra em 27 de dezembro de 1539. Henrique VIII estava ansioso para conhecê-la, decidindo então fazer uma visita surpresa para ela.
"O rei voltava a ser um jovem ardente e amante; deixava para trás o velho monarca que, chegado aos 48 anos, com as pernas gravemente ulcerosas e doloridas, há muito tivera o seu auge."
(página 26)
"O primeiro vislumbre de nova rainha deixou Henrique assombrado de espanto e desconcertado (...) Parecia mais velha para a idade, faltava-lhe sem dúvida a beleza anunciada e tinha o rosto pálido desfigurado por cicatrizes de varíola."
(página 27)
Ao voltar de sua visita surpresa a Ana de Cleves, Henrique VIII lamentava a sua falta de sorte, dizendo:
"Ai de mim! Em quem deve um homem confiar? Juro-te que nada vejo nela do que me mostraram e apoquenta-me que lhe tenham elogiado como fizeram. Pois que dela não gosto."
(página 27)
Desesperado, Henrique perguntava a seu Ministro Chefe, Thomas Cromwell, se não havia um jeito de se desvencilhar daquele casamento. Cromwell não encontrava saída jurídica para atender seu chefe. Não era uma boa situação para Cromwell. Se você trabalhava para um Monarca Absolutista e não conseguia fazer valer os desejos dele, você estaria em péssima situação. Henrique ainda iria descontar sua fúria nas pessoas que, na visão dele, o tinham orientado mal sobre as negociações que desembocaram no casamento com Ana de Cleves.
Mas não havia remédio para Henrique, que se viu obrigado a casar com Ana de Cleves, em 6 de abril de 1540.
CASAMENTO NÃO CONSUMADO:
Henrique VIII não sentia nenhuma atração por Ana, de forma que não conseguiu consumar o ato.
Sir Thomas Heneage, o camareiro da Latrina Real, comentaria depois:
"Por todas as vezes que Sua graça (o rei) com ela se deitou, reclamou sempre e disse claramente que não confiava que fosse donzela, pelos seios descaídos e outras características. Além disso, não conseguia ter apetite por ela para fazer o que um homem deve fazer com a sua mulher, pelos ares tão desagradáveis que nela sentia."
(página 29)
HENRIQUE VIII QUERIA ACHAR UMA FORMA DE SE LIVRA DE ANA DE CLEVES:
Nessas circunstâncias, Henrique VIII teria que se livrar de Ana. As pessoas que o cercavam teriam que achar uma solução. Henrique não aceitava nada que não fosse o atendimento de seus desejos.
"Wriothesley, muito lamentando que sua majestade se mostrasse tão incomodado, pressionou o amigo Cromwell - por amor de Deus - para congeminar um estratagema no sentido de livrar o rei da mulher não desejada, pois se ele continuar com sua dor e infortúnio, todos eles um dia haveriam de sofrer com isso. Cromwell, sem qualquer esperança, só conseguiu responder: 'Sim! Como?' "
(página 30)
O primeiro a cair em desgraça foi Thomas Cromwell que, do nada, de Ministro-Chefe de Henrique VIII, tornou-se 'traidor". Cromwell foi preso em 10 de junho de 1540.
Cromwell prestou muitos serviços valiosos a Henrique VIII. Foi arquiteto da Dissolução dos Mosteiros, esteve ao lado de Henrique quando esteve brigava com o Papa. Tinha sido até agraciado com a Ordem da Jarreteira, uma grande honraria, concedida a quem tinha prestado valiosos serviços ao Estado (rei). Mas bastou um fracasso ( não achar uma saída para anular o casamento de Henrique com Ana de Cleves), para torná-lo 'traidor'. A vida na Corte de Henrique VIII era incerta, era como andar sobre areia movediça.
"Cromwell, conspirador-mor e arquiteto da Dissolução dos Mosteiros, que tão frutuosa se revelou em termos financeiros, esperara tempo de mais para se conseguir salvar. Pagaria com a vida um dos poucos fracassos de entre todos os serviços zelosos que prestou ao rei."
(página 31)
Cromwell foi condenado sem julgamento, por Ato de Proscrição, em 29 de junho. Henrique aproveitou para confiscar o patrimônio de Cromwell. Dinheiro e móveis em valores superiores a 6 milhões de libras (em valores de 2004) foram levados para o cofre do rei. Havia ainda títulos de terras e outros rendimentos. Era uma herança inesperada para o rei.
O CASAMENTO DE HENRIQUE VIII E ANA DE CLEVES SERIA ANULADO:
"O casamento iria ser anulado pelos seus dois Arcebispos, seis bispos e cento e trinta e nove acadêmicos ilustres, com o sútil argumento legal de que Henrique não o consumara (pois sabia que estava fora da lei), devido ao esquivo pré-contrato com Francis de Lorraine."
(página 31)
Ana de Cleves, quando era criança, teriam em nome dela estabelecido um pré-contrato de casamento com Francis Lorraine. Ana tinha 12 anos e Francis tinha 10 anos. Tal acordo seria abandonado e esquecido. Mas Henrique VIII achou uma forma de desenterrá-lo para justificar a anulação de seu casamento. Os advogados de Ana dizia que o contrato não tinha validade, pois Ana era menor quando o assinou. Mas isso não importava para Henrique que queria apenas achar qualquer argumento para acabar com o seu casamento.
COMPENSAÇÕES PARA ANA DE CLEVES E PARA SEU IRMÃO, O DUQUE DE CLEVES:
Ana ficaria na Inglaterra, usufruindo de uma gorda pensão e sendo tratada como boa irmã do rei e primeira dama de toda a Inglaterra. Ana anuiu aos termos do acordo, até porque não tinha alternativa, sabedora como ela era dos métodos de Henrique, já conhecido por ter mandado cortar a cabeça de Ana Bolena.
Em 6 de julho o casamento tinha sido desfeito. Ana ainda escreveu uma carta (provavelmente ditada pelos funcionários de Henrique) a seu irmão, Guilherme, para que aceitasse o acordo e não viesse a criar problemas com a Inglaterra.
Henrique VIII estava mais uma vez livre.
"E quanto a Henrique, tratava-se de fim mais limpo e mais conveniente de qualquer dos seus casamentos. E resolveu-se em seis dias apenas em vez dos seis desconfortáveis anos que levou a livrar-se de Catarina de Aragão."
(página 35)
HENRIQUE VIII E CATARINA HOWARD:
Henrique agora que se casar com Catarina Howard, prima direta de Ana Bolena e sobrinha do reacionário Thomas, terceiro duque de Norfolk. Era filha de Lorde Edmund Howard, filho do segundo duque de Norfolk. A pessoa mais importante de sua família era seu tio Thomas Howard, "que sucedeu ao pai no título em 1524, era soldado, conde-marechal e Lorde tesoureiro-mor da Inglaterra, terceiro posto mais importante do reino. Era também um dos líderes da facção dos conservadores religiosos."
(página 37)
✳Conservadores religiosos: Thomas Howard, aliado de Gardiner, bispo de Winchester, sonhava com o retorno da Inglaterra à religião tradicional, com uma reconciliação com Roma.
28 DE JULHO DE 1540: CROMWELL DECAPITADO E HENRIQUE VIII CASA-SE COM CATARINA HOWARD:
A alegria de Henrique VIII duraria pouco. Mais uma sobrinha de Thomas Howard iria decepcioná-lo. A primeira fora Ana Bolena. Agora seria Catarina Howard, cujas provas sobre sua promiscuidade se avolumavam de forma estonteante.
CATARINA HOWARD, A RAINHA PROMÍSCUA:
Para imensa infelicidade de Henrique, provas e mais provas eram colhidas e todas elas apontavam que a sua atual esposa, Catarina Howard, era uma promíscua, antes e provavelmente depois do casamento. Para piorar ainda mais a situação, a rainha tinha traído Henrique com um sujeito de nome Culpeper, que tinha começado a vida na corte como pajem, ascendido à posição de criado e, finalmente, promovido a fidalgo da Câmara Privada do rei, o que lhe dava acesso privilegiado à pessoa do Soberano.
Não eram apenas Catarina, Culpeper e Henrique que estavam arrasados com toda essa história (saude célebre). Thomas Norfolk, tio de Catarina, estava arrasado. Via todos seus planos políticos se desmancharem de uma hora para outra. Ana Bolena e agora Catarina o colocavam numa situação extremamente difícil. A sua casa (de Norfolk) poderia ser alvo da fúria de Henrique.
Thomas chegou a escrever uma carta a Henrique, dizendo-se escandalizado com a conduta de Catarina e dizendo-se totalmente fiel a ele. Thomas temia o futuro de sua casa, a de Norfolk. Temia que a fúria de Henrique se voltasse para ela.
Carta de Thomas a Henrique:
"Prostrado a vossos pés reais, imploro a vossa majestade com toda a humildade que assim eu possa, caso seja de vossa agrado, ser advertido (informado) claramente de como se inclina vossa alteza em relação a mim. Dando garantias a vossa alteza que a menos que saiba que vossa majestade continua a ser o meu bom e gracioso Senhor, como éreis antes de cometidas as ofensas, não voltarei a desejar viver neste mundo."
(página 49)
Thomas estava morrendo de medo, ansioso por saber como Henrique VIII o via depois de mais uma sobrinha dele (de Thomas: Ana Bolena e agora Catarina) ter aprontado contra o rei. Enquanto não soubesse, ficaria numa ansiedade sem fim. E ainda diz que prefere morrer a perder a graciosidade de seu Senhor. Esse era poder que um Monarca Absoluto exercia sobre seus súditos, mesmo aqueles que também tinham poder, como no caso de Norfolk.
Norfolk não demoraria a perceber que a sua influência na Corte de Henrique VIII tinha acabado.
Carta de Thomas a Henrique:
"Prostrado a vossos pés reais, imploro a vossa majestade com toda a humildade que assim eu possa, caso seja de vossa agrado, ser advertido (informado) claramente de como se inclina vossa alteza em relação a mim. Dando garantias a vossa alteza que a menos que saiba que vossa majestade continua a ser o meu bom e gracioso Senhor, como éreis antes de cometidas as ofensas, não voltarei a desejar viver neste mundo."
(página 49)
Thomas estava morrendo de medo, ansioso por saber como Henrique VIII o via depois de mais uma sobrinha dele (de Thomas: Ana Bolena e agora Catarina) ter aprontado contra o rei. Enquanto não soubesse, ficaria numa ansiedade sem fim. E ainda diz que prefere morrer a perder a graciosidade de seu Senhor. Esse era poder que um Monarca Absoluto exercia sobre seus súditos, mesmo aqueles que também tinham poder, como no caso de Norfolk.
Norfolk não demoraria a perceber que a sua influência na Corte de Henrique VIII tinha acabado.
CATARINA INCONSEQUENTE:
Catarina era inconsequente. Mandava cartas de amor para Culpeper. Uma dessas cartas (billet doux) foi encontrado em uma revista realizada no quarto de Culpeper, em Westminster. Dizia uma parte da carta:
'Entrego-me a vós de todo coração, suplicando-vos que me mandeis novas sobre o vosso estado de saúde. Soube que estivestes doente e nunca desejei não tão ardentemente como ver-nos. Morre-me o coração só de pensar que não posso estar sempre na vossa companhia."
(página 47)
Catarina ainda assinava essa carta com esses dizeres:
"Vossa, enquanto durar a vida, Catarina."
(página 48)
Coitado de Henrique VIII tendo acesso a esse material probatório. Ele tinha sido traído.
CATARINA HOWARD PERDE O TÍTULO DE RAINHA:
Em 22 de novembro de 1541, Catarina perdeu o título de rainha da Inglaterra. Em 10 de dezembro de 1541, Culpeper foi decapitado.
Em 11 de fevereiro de 1542, Catarina Howard foi condenada à morte por traição.
"...morreu, piedosamente, com um golpe de machado que separou a outrora frívola e tonta cabeça do seu corpo jovem."
(página 51)
"Era o fim do quinto casamento de Henrique e o corpo da mulher foi enterrado na Igreja de São Pedro de Vincula, no interior da Torre de Londres, ao lado de Ana Bolena, a segunda mulher de Henrique, executada quase cinco anos antes."
(página 51)
HENRIQUE VIII, 51 ANOS, GORDO E DE SAÚDE DÉBIL. UMA PERNA ULCEROSA:
Depois do caso Catarina Howard, o Parlamento inglês estabeleceu legislação dizendo que seria ofensa de traição uma mulher casar com o rei escondendo um "eventual passado menos casto." (página 51)
Chapuys, embaixador espanhol na corte de Henrique VIII, conhecedor da flexibilidade moral sexual naquela corte, ao saber da recente lei aprovada pelo Parlamento inglês, comentou:
"Hoje, são poucas, se algumas, as damas da corte que aspiram a honra de se tornar uma das mulheres do rei ou desejar que para tal sejam escolhidas."
(página 51)
Depois da traição de Catarina, Henrique, aos 51 anos, com uma saúde débil, com uma perna ulcerosa, afogou suas mágoas na comida. Engordou ainda mais. Mas uma notícia iria animar Henrique: a vitória inglesa sobre os escoceses, em Solway Moss, em novembro de 1542. Dias depois, o rei escocês, James V, morreu, deixando uma filha, Maria.
Rememorando: 1542/1543: Henrique VIII tinha duas filhas e um filho. As filhas eram Maria, de seu casamento com Catarina de Aragão, e Isabel, de seu casamento com Ana Bolena. E tinha um filho, Eduardo, com Jane Seymour. Eduardo tinha quase 5 anos, Maria era a mais velha, com 26 anos e Isabel tinha 8 anos e meio.
HENRIQUE VIII SAI DA TRISTEZA E VAI ATRÁS DE SUA 6º E ÚLTIMA ESPOSA:
Em 1543, Henrique deixa a tristeza de lado e volta a festejar. Sua filha mais velha, Maria, tornou-se anfitriã nos Palácios do pai.
CATARINA PARR:
Catarina Parr seria a sexta e última mulher de Henrique VIII. Era filha de um poderoso magnata do Norte, Sir Thomas Parr, de Kendal, no Cumberland. Tinha sido casada duas vezes, enviuvando duas vezes. Não teve filhos com seus maridos. Seu último marido morreu em dezembro de 1542.
Em fevereiro de 1543, Henrique começou a cortejá-la.
"O que o rei desejava, o rei conseguia."
(página 56)
"Embora grotescamente obeso e a sofrer com as feridas dolorosas e pestilentas das pernas, o vaidoso Henrique ainda acreditava que sabia dar a volta a uma mulher."
(página 57)
Henrique ainda usou de compadrio para trazer a família de Catarina Parr para o seu lado. O irmão dela, William barão Parr de Kendal, foi feito membro do Conselho Privado, e recebeu ainda a honraria como Cavaleiro da Ordem da Jarreteira e ainda "nomeado como guarda dos marches escoceses, territórios fronteiriços onde brilhava aquando das últimas campanhas militares contra o irascível vizinho da Inglaterra."
(página 57)
JULHO DE 1543. O DERRADEIRO CASAMENTO DE HENRIQUE VIII:
Henrique VIII casa-se com Catarina Parr.
ANOTAÇÕES EXTRAÍDAS DA LEITURA DO LIVRO "OS ÚLTIMOS DIAS DE HENRIQUE VIII, CONSPIRAÇÕES, TRAIÇÕES E HERESIAS NA CORTE DO REI TIRANO, ROBERT HUTCHINSON, EDITORA CASA DAS LETRAS, capítulo 1, Uma Honra Perigosa, páginas 19/62.
Em 11 de fevereiro de 1542, Catarina Howard foi condenada à morte por traição.
"...morreu, piedosamente, com um golpe de machado que separou a outrora frívola e tonta cabeça do seu corpo jovem."
(página 51)
"Era o fim do quinto casamento de Henrique e o corpo da mulher foi enterrado na Igreja de São Pedro de Vincula, no interior da Torre de Londres, ao lado de Ana Bolena, a segunda mulher de Henrique, executada quase cinco anos antes."
(página 51)
HENRIQUE VIII, 51 ANOS, GORDO E DE SAÚDE DÉBIL. UMA PERNA ULCEROSA:
Depois do caso Catarina Howard, o Parlamento inglês estabeleceu legislação dizendo que seria ofensa de traição uma mulher casar com o rei escondendo um "eventual passado menos casto." (página 51)
Chapuys, embaixador espanhol na corte de Henrique VIII, conhecedor da flexibilidade moral sexual naquela corte, ao saber da recente lei aprovada pelo Parlamento inglês, comentou:
"Hoje, são poucas, se algumas, as damas da corte que aspiram a honra de se tornar uma das mulheres do rei ou desejar que para tal sejam escolhidas."
(página 51)
Depois da traição de Catarina, Henrique, aos 51 anos, com uma saúde débil, com uma perna ulcerosa, afogou suas mágoas na comida. Engordou ainda mais. Mas uma notícia iria animar Henrique: a vitória inglesa sobre os escoceses, em Solway Moss, em novembro de 1542. Dias depois, o rei escocês, James V, morreu, deixando uma filha, Maria.
Rememorando: 1542/1543: Henrique VIII tinha duas filhas e um filho. As filhas eram Maria, de seu casamento com Catarina de Aragão, e Isabel, de seu casamento com Ana Bolena. E tinha um filho, Eduardo, com Jane Seymour. Eduardo tinha quase 5 anos, Maria era a mais velha, com 26 anos e Isabel tinha 8 anos e meio.
HENRIQUE VIII SAI DA TRISTEZA E VAI ATRÁS DE SUA 6º E ÚLTIMA ESPOSA:
Em 1543, Henrique deixa a tristeza de lado e volta a festejar. Sua filha mais velha, Maria, tornou-se anfitriã nos Palácios do pai.
CATARINA PARR:
Catarina Parr seria a sexta e última mulher de Henrique VIII. Era filha de um poderoso magnata do Norte, Sir Thomas Parr, de Kendal, no Cumberland. Tinha sido casada duas vezes, enviuvando duas vezes. Não teve filhos com seus maridos. Seu último marido morreu em dezembro de 1542.
Em fevereiro de 1543, Henrique começou a cortejá-la.
"O que o rei desejava, o rei conseguia."
(página 56)
"Embora grotescamente obeso e a sofrer com as feridas dolorosas e pestilentas das pernas, o vaidoso Henrique ainda acreditava que sabia dar a volta a uma mulher."
(página 57)
Henrique ainda usou de compadrio para trazer a família de Catarina Parr para o seu lado. O irmão dela, William barão Parr de Kendal, foi feito membro do Conselho Privado, e recebeu ainda a honraria como Cavaleiro da Ordem da Jarreteira e ainda "nomeado como guarda dos marches escoceses, territórios fronteiriços onde brilhava aquando das últimas campanhas militares contra o irascível vizinho da Inglaterra."
(página 57)
JULHO DE 1543. O DERRADEIRO CASAMENTO DE HENRIQUE VIII:
Henrique VIII casa-se com Catarina Parr.
ANOTAÇÕES EXTRAÍDAS DA LEITURA DO LIVRO "OS ÚLTIMOS DIAS DE HENRIQUE VIII, CONSPIRAÇÕES, TRAIÇÕES E HERESIAS NA CORTE DO REI TIRANO, ROBERT HUTCHINSON, EDITORA CASA DAS LETRAS, capítulo 1, Uma Honra Perigosa, páginas 19/62.