domingo, 21 de abril de 2019

Feudalismo





Fonte:

Ascensão e Queda dos Impérios Globais: 1400-2000, John Darwin, Edições 70

terça-feira, 16 de abril de 2019

Plantations Cana-de-açúcar Colônia Francesa de Saint-Domingue, atual Haiti



"O Plantio de cana-de-açúcar era o comércio petrolífero do século XVIII e Saint-Domingue era a fronteira do velho oeste para o Antigo Regime, onde filhos de famílias nobres empobrecidas podiam fazer fortuna."
"Hoje, o mundo tem tal abundância de açúcar - é um gênero tão básico da dieta moderna, associada a tudo o que é ordinário e prejudicial à saúde - que é difícil acreditar que as coisas foram um dia exatamente o oposto. As Índias Ocidentais foram colonizadas em um mundo no qual o açúcar era visto como um artigo escasso, luxuoso e altamente salutar. Os médicos do século XVIII prescreviam pílulas de açúcar para quase tudo: problemas cardíacos, dor de cabeça, tuberculose, dores de parto, insanidade, velhice e cegueira."
"Colombo trouxe a cana-de-açúcar para Hispaniola, o primeiro povoamento europeu no Novo Mundo, sua sua segunda viagem, em 1493."
"Os espanhóis fundaram uma colônia no lado leste de Hispaniola e a batizaram de Santo Domingo; no fim, a colônia se estenderia para o leste por dois terços da ilha, correspondendo, grosso modo, à República Dominicana dos tempos modernos. (Os habitantes nativos chamavam a ilha inteira de outro nome: Hayti.)."
(Páginas 40/43)

Os espanhóis trouxeram a tecnologia dos engenhos de açúcar, a cana-de-açúcar e os escravos. A Espanha lançou as fundações dessa grande riqueza e perversidade nas Américas, depois rapidamente voltou sua atenção para  a exploração do ouro e da prata. A ilha ficou a definhar por quase dois séculos, até que os franceses começaram a aproveitar seu verdadeiro potencial.
Já em meados do século XVIII, a colônia de Saint-Domingue, situada no extremo ocidental de Hispaniola, onde hoje fica o Haiti, respondia por dois terços do comércio francês do além-mar. 

Obs.: Ilha de Hispaniola, que atualmente comporta dois países, o Haiti, na sua parte oeste, e a República Dominicana, na sua porção leste.



(Fonte: O CONDE NEGRO, Glória, Revolução, Traição e o verdadeiro Conde de Monte Cristo, Tom Reiss, Editora Objetiva)

Os Africanos e a Escravidão




"Os Portugueses descobriram que os reinos africanos estavam dispostos a lhes fornecer escravos diretamente: os africanos não consideravam que estivessem vendendo seus irmãos raciais para os brancos. Eles não pensavam absolutamente em termos raciais mas apenas em diferentes tribos e reinos. Antes, tinham vendido seus cativos para outros africanos negros ou para os árabes. Agora os estavam vendendo para os brancos. Os próprios reinos e impérios africanos mantinham milhões de escravos. À medida que o tempo passou, os africanos descobririam sobre os horrores que aguardavam os escravos negros nas colônias americanas, para não mencionar a travessia, porém continuaram a exportar quantidades cada vez maiores de "Bois d' ebène", madeira de ébano, como os franceses chamavam sua carga. Não havia misericórdia ou moralidade envolvida. Era tudo estritamente negócios." (Páginas 42/43)


(Fonte: Conde Negro: Glória, Revolução, Traição e o Verdadeiro Conde de Monte Cristo, Tom Reiss, Editora Objetiva)

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Holanda, Sociedade Diluviana


Caráter Nacional Holandês: Redenção pela fé no enfrentamento da adversidade que a natureza peculiar de seu território lhe impunha. Território sujeito a inundações constantes, vindas do Oceano ou das tempestades. Ser holandês significava, sob orientação divina, transformar a catástrofe em fortuna, a lama em ouro e a água em terra seca. Triunfar sobre a adversidade fazia com que o holandês se visse tocado pela graça divina, sinal de que ele seria um povo eleito por Deus. A Calamidade, na forma das águas invadindo seu território ou na guerra contra os Espanhóis,  era entendida pelos holandeses como uma prova enviada por Deus para testá-los. Sendo obedientes às leis de Deus, os holandeses teriam a redenção na terra e a salvação no outro mundo. 
Os holandeses sofriam tanto com a invasão das águas, principalmente com as enchentes dos séculos XIV e XV, que seu país foi retratado como uma Terra Submersa, por Sebastian Munster, em sua Cosmographia Universalis, no ano de 1552.
E o emblema heráldico holandês mostra bem o trauma do país com a água: "Luctor et emergo" Luto para emergir. E a figura de um Leão a arrostar as ondas.

Mas as provações a que os holandeses eram submetidos não vinham apenas da peculiaridade de seu território.
A Holanda também sofria com a cobiça de outros países.
O Certo espanhol a Leiden, em 1574, foi uma prova disso. Mais uma vez vemos a  necessidade da provação, do sofrimento para que em seguida o povo holandês fosse merecedor da Recompensa Divina, na forma da expulsão dos espanhóis. Guilherme de Orange, maior autoridade holandesa naquela época, deliberadamente rompeu diques, provocando inundações sistemáticas para afastar os invasores espanhóis. 
Os religiosos holandeses pregavam dizendo que seu povo era predestinado, escolhido por Deus, pois tinha sobrevivido a um Dilúvio. Era uma analogia entre a constante luta do povo holandês para livrar seu território das inundações vindas do Oceano e das chuvas com o Dilúvio bíblico.
Deus teria dado um poder aos holandeses: o poder de criar nova terra, por meio de diques, moinhos de vento e trabalho árduo. 
Dessa forma, os holandeses se viam como os bíblicos filhos de Israel, munidos com uma nova aliança com Deus.
O Dilúvio bíblico representa o fim do Velho mundo e o nascimento de um novo mundo, sob um novo pacto de um povo eleito com Deus. O povo holandês se via como esse povo eleito, que graças a Deus tinha conseguido impor limites ao Oceano, tinha expulsado os espanhóis, sob a condição de levar uma vida cristã conforme os mandamentos divinos.


(Anotações retiradas da leitura do Livro O Desconforto da Riqueza, a Cultura Holandesa na Época de Ouro, de Simon Schama, Editora Companhia das Letras)




domingo, 14 de abril de 2019

A Imprensa, o Quarto Poder.


Guerra da Crimeia - 1854
Foi a primeira guerra produzida pela pressão da opinião pública e da imprensa.
O desenvolvimento das Ferrovias tornou a imprensa nacional. Na Grã-Bretanha, a opinião pública, influenciada por essa imprensa, se tornou uma força poderosa na política.
O Jornal "The Times", principal jornal nacional da Grã-Bretanha, se via como uma Instituição Nacional, uma espécie de "Quarto Poder". 

"Jornalismo não é o instrumento pelo qual as várias divisões da classe dirigente se expressam: é o instrumento pelo qual a inteligência somada do país critica e controla todas elas. É de fato o quarto Estado do Reino: não meramente a contraparte escrita e a voz do terceiro. (Henry Reeve - The Times, 1855)


"Um Ministro inglês tem que satisfazer os jornais." (Lorde Aberdeen, Primeiro Ministro inglês, meados do século XIX)


Fonte: Crimeia, a história da guerra que redesenhou o mapa da Europa no século XIX, Orlando Figes, Editora Record, páginas 172/173)

sexta-feira, 12 de abril de 2019

A Deformidade Genital de Adolf Hitler



"Acredita-se que o próprio Hitler teve duas formas de anormalidades genitais: um testículo retido e uma condição rara chamada hipospadia peniana, caso em que a abertura da uretra fica na parte de baixo do pênis, ou, em alguns casos, no períneo. A famosa canção de marcha, cantada na melodia de Colonel Bogev, cujo início é: 'Hitler has only got one ball/The other is in the Albert Hall' (Hitler só tem uma bola/A outra está no Albert Hall), pode ter sido mais precisa do que jamais imaginaram as tropas."

(Fonte: O Último dia de Hitler, minuto a minuto, de Jonathan Mayo e Emma Craigie, editora Vestígio, página 49)

terça-feira, 26 de março de 2019

Ubermensch e Untermensch



Na Alemanha Nazista, palavras de uso antigo retornavam ao uso diário, adquirindo um "uso moderno sinistramente robusto" (Victor Klemperer)
Exemplos: 
Ubermensch: Super-Homem. 
Untermensch: Sub-humanos (modo pelo qual os nazistas enxergavam judeus e eslavos)

(Fonte: No Jardim das Feras, Intriga e Sedução na Alemanha de Hitler, Erik Larson, Editora Intrínseca, página 139)

segunda-feira, 25 de março de 2019

Regime Nazista e o Fanatismo



Durante o Regime Nazista, o vocábulo "Fanático" passa a ser um elogio. 

"O termo "fanático" tornou-se característica positiva. De repente passou a conotar o que o filólogo Victor Klemperer, judeu que morava em Berlim, descreveu como 'feliz mistura de coragem e fervorosa devoção.' Os jornais controlados pelos nazistas noticiavam uma interminável sucessão de juramentos fanáticos, declarações fanáticas e crenças fanáticas - tudo coisa boa. Goring era descrito como amante fanático dos animais: fanatischer tierfreund" (página 139)

Fonte: No Jardim das Feras, intriga e sedução na Alemanha de Hitler. Autor: Erik Larson, editora intrínseca, página 139

Lebensraum Espaço Vital



A Política Internacional caracteriza-se pela Luta por Espaço. O Espaço é o sustentáculo do Poder Político. 
Pensando dessa forma, Adolf Hitler dizia que a Alemanha tendia à insignificância, tendo em conta a comparação do tamanho de seu território com o de outros países e impérios (URSS, China, EUA, Império Britânico, Império Francês). A solução de Hitler era a seguinte: A Alemanha teria que adquirir territórios no leste. O Leste (URSS,Polônia) seria o Lebensraum da Alemanha, seria o seu espaço vital, dentro do qual pretendia-se diminuir a desproporção entre a população alemã e o seu território. 
Hitler seguia dizendo que para a aquisição desse território seria necessário a união do Volk, num processo de reafirmação nacional, no qual o elemento daninho, o judeu, deveria ser extirpado. O Judeu era visto por Hitler como aquele que confundia e corrompia o Volk (povo alemão), sendo uma ameaça à pureza da raça e também como o autor de uma conspiração internacional plutocrática e comunista contra a Alemanha.

(Informações extraídas da Leitura do Livro Europa, a Luta pela Supremacia, de 1453 aos Nossos Dias, Brendan Simms, Edições 70, páginas 404/405)

Realpolitik


Há traduções de Realpolitik como "política prática" ou "política do realismo". Mas segundo Jonathan Steinberg, o verdadeiro sentido de Realpolitik é extraído da leitura das cartas escritas por Otto Von Bismarck ao General Leopold Von Gerlach, no ano de 1857. "REALPOLITIK é fazer o que funciona e o que serve aos seus interesses."
As cartas de 1857 discutiam a forma pela qual a Prússia deveria tratar Napoleão III.
Leopold Von Gerlach tinha como princípio político a luta contra a Revolução. Pare ele, Napoleão III era a personificação da Revolução, de forma que a política externa prussiana deveria combatê-lo, não podendo haver qualquer contemporização. Para Leopold Von Gerlach, portanto, a política deve se apoiar em princípios e com base neles as alianças e os acordos devem ser feitos.
Otto Von Bismarck também se reconhece como um defensor do princípio que combate a revolução, mas procura mitigar sua posição, dizendo Napoleão III não é o único revolucionário existente, acrescentando que outros países têm suas raízes em processos revolucionários. Dá o exemplo da Grã-Bretanha com a sua revolução Gloriosa. Enfim, Bismarck irá se reunir com qualquer país que, revolucionário ou não, atenda aos ditames de sua Realpolitik: que a aliança funcionasse para a Prússia e que servisse aos interesses da Prússia. 



(Anotações Extraída da leitura do Livro Bismarck, uma vida, de Jonathan Steinberg, Editora Amarilys, página 166/168)


sábado, 16 de março de 2019

Morte de Felipe da Macedônia, resultado da Fúria de um Amante Desprezado


O Homem que assassinou Felipe da Macedônia, pai de Alexandre, o Grande, atendia pelo nome de Pausânias
Pausânias vinha de uma família de nobres macedônios. Ele foi recebido na Corte Real como Pajem e logo caiu nas graças de Felipe em razão de sua beleza.
Mas conforme o tempo passava, Felipe perdeu o interesse por seu jovem amante Pausânias e voltou sua atenção para outro belo membro de sua Corte, cujo nome, coincidentemente, também era Pausânias
O primeiro Pausânias ficou louco de ciúmes e lançou uma campanha difamatória contra o seu rival homônimo, rotulando-o de covarde, vadio e hermafrodita. O segundo Pausânias, contudo, era um corajoso soldado que não iria suportar um ataque contra a sua honra. Para provar o seu valor, o segundo Pausânias se aproveitou de um combate contra os Ilírios para provar a sua coragem, jogando-se numa luta sangrenta, ao custo de sua própria vida.
Um amigo do segundo Pausânias, um General importante do exército de Felipe, de nome Átalo, ao tomar conhecimento da difamação direcionada ao seu amigo e, ao saber de sua morte, resolveu agir contra o primeiro Pausânias. De forma que armou um encontro com ele, o embriagou e, aproveitando-se de seu estado de embriaguez, o sodomizou e fez com que os seus servos fizessem o mesmo.
No dia seguinte, Pausânias, desmoralizado, ridicularizado por todos, buscou justiça. Felipe lhe negou qualquer reparação, pois não poderia agir contra o seu General. Mas Felipe, para apaziguá-lo, fez de seu ex-amante membro de sua guarda pessoal.
Mas Pausânias não seria facilmente apaziguado. Ele continuava sendo alvo de chacotas e zombarias e ainda tinha que ver o seu algoz, o General Átalo, em glória, indo à Ásia Menor, para uma campanha militar grandiosa. Para esquecer seus problemas, Pausânias passou a frequentar as palestras do sofista grego Hermocrátes. Numa dessas palestras, Hermocrátes disse que a forma pela qual se atinge a Glória Imortal é pelo assassinato de um homem importante.
Era tudo o que Pausânias precisava ouvir. Átalo, seu algoz, estava na Ásia, fora de seu alcance, mas Felipe, seu antigo amante e homem que lhe negara justiça, estava ao alcance de suas mãos.
Foi assim então que Pausânias decidiu matar Felipe da Macedônia. No teatro da Colina de Vergina, coração da Macedônia, Pausânias, com uma Adaga, matou Felipe. Pausânias tentou fugir, mas foi capturado e morto. 

(Informações extraídas da Leitura do Livro Alexandre, o Grande, de Philip Freeman, Editora Amarilys, páginas 59/61)

O MAIOR RISCO QUE UMA MEDIDA POLÍTICA PODE CORRER, SEGUNDO BISMARCK



FONTE: BISMARCK, UMA VIDA. AUTOR: JONATHAN STEINBERG, EDITORA AMARILYS, PÁGINA 134

Confederação Germânica - Deutscher Bund


A Confederação Germânica foi criada em 1815 (durante o Congresso de Viena). Era uma recriação da Confederação do Reno de Napoleão, com a Áustria no lugar da França como força diretriz (página 142). 

Era composta por 3 dezenas de Estados, com uma Assembleia em Frankfurt, na qual os Soberanos desses Estados se viam representados. O povo desses Estados não tinha representação alguma.

O Imperador Austríaco e o Rei da Prússia tinham um voto cada um. Três Estados membros eram governados por Monarcas Estrangeiros, os reis da Dinamarca, da Holanda e da Grã-Bretanha. Cada um deles tinha direito a um voto na Assembleia. Baviera, Saxônia, Wurttemberg, Hesse-Kassel, Baden e Hesse tinham direito a um voto cada. Outros vinte e três Estados dividiam entre si 5 votos. As quatro cidades livres de Hamburgo, Lubeck, Bremen e Frankfurt dividiam entre si um voto na Assembleia.
Tratava-se de uma Instituição de caráter permanente e nenhum de seus Estados-Membros tinha o direito de deixá-la.

Fonte: Informação extraída do LIVRO Bismarck, uma Vida, de Jonathan Steinberg, Editora Amarilys, páginas 142/143

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Imperialismo Europeu







FONTE: Ascensão e Queda do Impérios Globais, 1400-2000, John Darwin, edições 70, páginas 50/51

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Europa, a Luta pela Supremacia. Congresso de Viena, 1815




(Fonte: Europa, a Luta pela Supremacia, de Brendan Simms, Edições 70, ano de 2016)

Congresso de Viena - Europa - 1815. A Busca pelo Reequilíbrio Europeu

Para melhor visualização da imagem, clique sobre ela
 
(Fonte: "Europa, a Luta pela Supremacia, de 1453 aos nossos dias." Autor: Brendan Simms, Editora Edições 70, 2016)


segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

TRATADO DE VERDUN 843 Divisão do Império Carolíngio entre os Três netos de Carlos Magno

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FONTE:
"REINOS DESAPARECIDOS", uma história de uma Europa Esquecida, de Norman Davies, Edições 70, páginas 138/139

sábado, 24 de novembro de 2018

Padroeiro dos Assassinos Arrependidos


Gontrão, líder da Borgonha no século VI DC, foi um líder guerreiro numa época em que a Guerra era o estado normal do convívio entre as pessoas. 
Gontrão fundou um Reino Burgúndio distinto que existiu durante um século e meio, até a sua reabsorção por Carlos Martel. Alguns estudiosos situam esse Reino como um 3º Reino Burgúndio.
O reinado de Gontrão foi uma sucessão infindável de guerras, assassinatos, intrigas e traições. Seus exércitos lutaram em vários pontos da atual França.
(página 134).
O reino de Gontrão foi encerrado por Carlos Martel, o franco fundador da Dinastia Carolíngia. 
"Gontrão passou seus últimos dias de vida a jejuar, a rezar e a chorar. A sua capital era Cabilo (Chalon sur Saône), e lá foi sepultado, na Igreja de São Marcelo.

FONTE:

Reinos Desaparecidos, história de uma Europa quase esquecida. Norman Davies, Edições 70.

REINOS DESAPARECIDOS: 2º Reino Burgúndio Tratado de Verdum - Divisão do Império Carolíngio

Após a queda do 1º Reino Burgúndio, há uma dispersão dos membros desse reino pelo interior do Império Romano. 
Eles voltam a se reunir em torno do General Flávio Aécio numa guerra contra Átila, o rei do hunos. Os burgúndios ajudaram Aécio na vitória contra Átila, ocorrida no ano de 451, que ficou conhecida para a posteridade como a Batalha nos Campos Cataláunicos
Como retribuição, os burgúndios receberam de Roma uma área extensa, que atualmente compreende uma área composta pelas cidades de Dijon, Lyon, Basileia, Genebra, Saint Maurice, Besançon.

Ao sul, o Reino estendia-se até o estuário do Ródano, nas cidades de Avinhão e Arles:


Esse 2º Reino Burgúndio era vassalo do Império Romano. Sua capital ficava em Genebra. 
Seu fim chegou pelas mãos de outro povo Germânico, os Francos. 
Os Francos, em seu processo de expansão, conquistaram o Reino de Tolosa, já tratado nesse Blog, no início do século VI, durante a Batalha de Vouillé. Na sequência, os Francos conquistaram o 2º Reino Burgúndio (final do século VI). 
Os Burgúndios seriam vassalos dos Francos por 300 anos e estariam ligados ao destino do Império Carolíngio. 
No ano de 843 o Império Carolíngio foi dividido em três partes entre os netos de Carlos Magno. Lotário, o mais velho, ficou com o título de Imperador e com a Lotaríngia, um extenso território que abrangia do Mar do Norte até Roma, passando por Metz. Carlos, o Calvo, ficou com a Frância Ocidental (tornar-se-ia a França) e Luis ficou com a Frância Oriental (futura plataforma de lançamento da moderna Alemanha)
Quem estuda o Império Carolíngio deve ter em mente o Número 3, pois a sua história abrange três divisões. Além da já referida acima, houve mais duas divisões:
Houve a divisão informal da Lotaríngia em três áreas: A norte, uma área conhecida como Lorena, abrangendo do Mar do Norte até Metz. No centro, a parte que nos interessa, a Borgonha e a sul a Itália, até Roma.
A última e segunda divisão se deu numa das partes da Lotaríngia, a Borgonha, da seguinte forma:

1) Ducado da Borgonha: Troyes, Dijon, Chalon

2) Reino da Baixa Borgonha: Lyon, Arles e Avinhão


3) Reino da Alta Borgonha: Basileia, Saint Maurice, Genebra, Besançon.

Fonte: 

REINOS DESAPARECIDOS, História de uma Europa quase esquecida, de Norman Davies, Edições 70 (páginas 119/188)