O cristianismo esteve sob risco. Em 1453, os muçulmanos, por meio dos Turcos Otomanos, conquistaram a cidade de Constantinopla. Constantinopla era a capital do Império Romano do Oriente.
"...A QUEDA DE CONSTANTINOPLA LANÇOU O PÂNICO EM TODA A CRISTANDADE." (página 41)
O conquistador otomano de 1453, Mehmed II, tão logo se apossou da cidade cristã de Constantinopla, autoproclamou-se SULTÃO I RUM, SENHOR DE ROMA. Mehmed II transferiu sua nova capital para Constantinopla, que reteve o nome da cidade com todas as suas conotações europeias e imperiais. O passo seguinte seria lançar uma invasão através do Mediterrâneo e Balcãs e europa central adentro, materializando a reivindicação do Império Romano, alcançando o domínio do mundo mediante controle da europa, assumindo a missão de difundir o islã
Na sequência de Mehmed II, o avanço otomano recomeçou com Solimão, o Magnífico.
"O SEU OBJETIVO ERA NADA MENOS DO QUE A MONARQUIA UNIVERSAL: UMA INSCRIÇÃO SOBRE A ENTRADA DA GRANDE MESQUITA DE CONSTANTINOPLA PROCLAMOU-O MAIS TARDE 'CONQUSITADOR DAS TERRAS DO ORIENTE E DO OCIDENTE COM A AJUDA DE DEUS TODO-PODEROSO E DO SEU VITORIOSO EXÉRCITO , POSSUIDOR DOS REINOS DO MUNDO' ". (página 41)
A expansão dos otomanos europa adentro foi avassaladora. Em 1521, a fortaleza de Belgrado, na atual Sérvia, foi tomada. Os otomanos derrotaram ainda o exército húngaro em na Batalha de Mohacs. Uma enorme faixa de terra, incluindo quase toda a fértil bacia do rio Danúbio, caiu sob domínio Otomano. Em 1529, os otomanos cercaram a cidade de Viena, na Áustria. Os otomanos ainda expandiram o seu poder pelo Mar Mediterrâneo, conquistando, por exemplo, a Argélia.
Em agosto de 1516, o nono sultão otomano muçulmano, Selim I, apelidado "O Severo", em Marj Dabiq, um campo nos arredores da cidade síria de Alepo, enfrentou e derrotou os mamelucos que governavam o Egito. O Egito caiu sob domínio otomano, assim como a Síria, a Palestina, a Mesopotâmia (atual Iraque), a Tunísia, etc.
Para sorte dos cristãos, o poder otomano foi perdendo força nos anos seguintes e, um projeto de uma Monarquia Universal sob o islã foi abandonado.
Anotações extraídas da leitura do livro Europa, a Luta pela supremacia, de 1453 aos nossos dias, Brendan Simms, editora 70.
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