LOURENÇO DE MÉDICIS:
Nasceu no século XV, no ano 1450.
"SE FLORENÇA TIVESSE DE TER UM TIRANO, NUNCA ENCONTRARIA NENHUM MELHOR NEM MAIS AGRADÁVEL DO QUE ELE." (Francesco Guicciardini sobre Lourenço de Médicis)
Os Médicis ascenderam rapidamente ao poder. A chave de seu êxito foi a forma como fez uso dos lucros do Banco da família para comprar apoio político. O banco dos Médicis tinha agências em Roma, Milão, Pisa, Genebra, Bruges, Londres, Avinhão e Lyon. Todas as agências eram entidades legalmente autônomas. Entre os bens transacionados pelo Banco estavam produtos essenciais como lã, os tecidos, o azeite, as especiarias exóticas e obras de arte.
Dizia-se que, com um simples gesto, Lourenço conseguia vergar todos os outros cidadãos à sua vontade.
Figura alta e morena, muito inteligente, com uma memória prodigiosa, era olhado com veneração pelos seus concidadãos.
A amizade e a proteção que dispensava aos mais destacados artistas, acadêmicos e poetas conferiu a ele papel central na história cultural de Florença, valendo-lhe o título de O Magnífico.
A GUERRA:
A guerra era um assunto perigoso e arriscado. Interferia nos negócios e custava vidas. A melhor forma de fazê-la era na forma de contratação de mercenários, profissionais das armas que combatiam no lugar dos moradores de Florença. Os chefes desses bandos de mercenários eram chamados de CONDOTTIERI.
Os Condottieri não eram pessoas de confiança. Combatiam por dinheiro. Não hesitavam em mudar de lado.
FLORIM:
A moeda Florim começou a ser usada no século XIII (ano 1252). Passou a ser moeda de troca em toda a Europa. Trata-se de uma moeda de ouro com uma imagem de São João Batista, padroeiro da cidade, numa das faces, e uma flor de lis na outra face. No século XV (ano de 1422), já havia dois milhões de florins, de ouro e prata, em circulação.
"O processo de produção das moedas era muito simples. Enquanto o metal está mole, era colocado numa superfície lisa e batido com um martelo com o cunho da moeda. Isto acontecia na Casa da Moeda (Zecca), ao lado do Palazzo della Signoria, e depois verificado por ourives para certificar a pureza do metal e a qualidade do trabalho, embora a relação ouro-prata estivesse em constante flutuação.
BANCO QUEBRADO:
Os mercadores florentinos tinham um banco comprido à porta dos seus palácios. O mercador florentino podia tratar de seus negócios com algum cliente, com os dois sentados num desses bancos. O banco era tão importante que acabou dando nome ao próprio negócio chamado Banco.
Se algum florentino fez um investimento junto de um mercador e vir que o banco que este tem à sua porta está partido, ele deverá ficar preocupado, pois significa que o negócio daquele mercador está BANCO ROTTO (banco partido), isto é, foi à BANCARROTA.
ANOTAÇÕES EXTRAÍDAS DA LEITURA DO LIVRO FLORENÇA RENASCENTISTA POR CINCO FLORINS AO DIA, CHARLES FITZROY, EDITORA BIZÂNCIO
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