sexta-feira, 5 de junho de 2020

Corte Merovíngia Regicídio Konigsnahe Brunilda Maior Domus



TENTATIVA DE REGICÍDIO NUMA CORTE MEROVÍNGIA NO SÉCULO VI:

Não era seguro ser rei num reino franco. No ano de 589 (século VI), na Gália, Childeberto II, rei franco, conseguiu desbaratar uma conspiração que pretendia assassiná-lo. A conspiração foi tramada por poderosos aristocratas, que conviviam na corte com Childeberto II. Desbaratada a conspiração, os aristocratas envolvidos no golpe foram perseguidos, mortos e tiveram seus bens confiscados. Além de Childeberto, sua mãe, Brunilda, também era odiada pelos conspiradores. Brunilda era regente e participava da governação do reino até Childeberto atingir a maioridade. 
Desse episódio (narrado no livro com maiores detalhes), podem ser extraídas as seguintes conclusões sobre o reino Merovíngio:

➧ havia facções na corte merovíngia; a corte não era unida.
➧ rainhas-mães, como Brunilda, tinham poder político.
➧ os grandes aristocratas tinham dinheiro para um exército particular, capaz de conspirar pela derrubada de um rei.
➧ esses aristocratas tinham suas ambições voltadas para a corte régia, das quais eram súditos. conspiravam pois pretendiam substituir o rei por eles mesmos. 
➧ esses aristocratas eram ricos mas não a ponto de terem fortificações privadas, não tinham castelos
"...ao contrário do mundo dos castelos da fase central da Idade Média." (página 176)
➧ o santuário era respeitado, mas se o conspirador procurasse guarida, refúgio em alguma igreja, ele seria retirado dali à força e assassinado. foi exatamente o que aconteceu com os aristocratas que conspiraram contra Childerico II.

MUNDO POLÍTICO MEROVÍNGIO:

"...um mundo em que os reis enfrentavam, de forma sistemática, súditos excessivamente poderosos, que tinham tanto caráter quanto recursos."
(página 176)

A Dinastia Merovíngia governou os francos por 250 anos, até 751 (golpe carolíngio). A denominação "Merovíngia" foi extraída de um obscuro avô Meroveu, que pertencia à família de Clóvis.

"...sua hegemonia deveu-se a Clóvis (481-511). Clóvis, filho de Childerico I - um chefe guerreiro tardo-romano e rei franco assentado em Tournai - subjugou os reis francos rivais que tinham ocupado seções distintas da Gália Setentrional, assim como os chefes militares não francos que viviam no norte."
(página 177)

Clóvis logrou unificar 3/4 da Gália. Converteu-se ao catolicismo. O domínio franco expandia-se par ao reino da Burgúndia e para a Bavária (tribos bávaras, atual Alemanha - Estado da Bavária).  Os alamanos, antes de 550, no vale do alto Reno, já tinham sido dominados por Clóvis, assim como a Aquitânia visigótica, em 507.

"...uma hegemonia franca, porém mais frouxa, foi também reconhecida na Itália setentrional, na Germânia central, no leste da Turíngia, na Bretanha (a única parte da Gália que nunca foi conquistada inteiramente pelos francos), e talvez inclusive em Kent. O núcleo principal das terras francas esteve sempre no norte da Gália, e os principais centros régios estendiam-se de Paris a Orléans, passando por Reims e Metz, até Colônia: Não eram exatamente capitais, no sentido administrativo, mas lugares onde os reis podiam frequentemente ser encontrados..."
(página 177)

Enquanto o rei franco movia-se pelo norte, com sua corte e administradores, o sul da Gália (mais rico e mais romano - página 177) era governado por duques, condes e bispos. A leste do rio Reno, havia duques na Baviera e na Turíngia, com maior liberdade de ação. Era, no início, uma região mais simples, na qual faltava infraestrutura, como por exemplo estradas e cidades.
Os aristocratas no reino franco merovíngio procuravam ficar próximos do rei, esperando algum cargo ou presente. Tudo gerava em torno de dinheiro. Se você tinha acesso ao dinheiro, você teria apoio.
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"Em todos os relatos sobre golpes contra um rei ou sobre rebeliões de seus rivais, durante o século VII, consta a intenção de apoderar-se de um 'thesaurus (Tesouro): era a base essencial para obter o apoio da aristocracia. Carlos Martel ainda fez isso na guerra civil (715-719); nesse sentido, os parâmetros da política não mudaram em absoluto."
(página 186)

As relações de poder no interior de um reino merovíngio se davam basicamente entre o rei e seus magnatas aristocráticos, seculares e eclesiásticos. O Rei ou 'maior domus' relacionava-se com seus administradores da casa ( 'domestici'), pessoas que cuidavam dos documentos do reino (referendaru) e com as pessoas que cuidavam do cofre do reino (thesauraii). Essas pessoas (referendaru, thesauraii e domestici), pela proximidade do poder, eram uma espécie de intermediários (mediadores) entre o rei e quem desejava um favor dele. Esses intermediários eram uma espécie de Patronato romano. Se você vivesse na época do reino merovíngio e precisava de alguma coisa (ser favorecido numa disputa legal, receber uma doação de terra ou um outro favor), iria tentar se aproximar de um desses mediadores.
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Konigsnahe: Palavra alemã designadora de alguém que é próximo ao rei ('conviva regis' - ter o direito de comer com o rei). Essa pessoa, próxima ao rei, poderia interceder a seu favor. 

ORDENS RÉGIAS: COISAS COM AS QUAIS UM REI MEROVÍNGIO SE OCUPAVA:

✏ Nomeação de bispos e condes
✏ Prover alimentação aos mensageiros reais
✏ Cessões de terras
✏ Intimação de um criminoso
✏ Deposição de bispos
✏ Divisão de Propriedade Privada
✏ Restituir uma propriedade que fora confiscada
✏ Pedido para cancelar a realização de um Concílio Eclesiástico porque não foi convidado para ele

ASSEMBLEIAS ('PLACITA'):

Encontros do rei com a sua elite. Compareciam o séquito armado do rei, duques, condes e seus respectivos seguidores. Nessas assembleias tomavam-se decisões, como por exemplo ir à guerra.
Veja que ir à uma guerra era uma "coisa que não estava inteiramente sob controle dos reis.." (página 188)
As elites também usavam essas assembleias para chancelar a ascensão de alguém ao trono merovíngio.

"...em 673, Ebroíno não convocou uma assembleia de aristocratas para reconhecer a subida ao trono de Teodorico III, na Nêustria, e isso os (aristocratas) levou a concluir que ele (Teodorico III) pretendia governar sem consentimento e, por isso, reconheceram em seu lugar Childerico II, da Austrásia."
(página 189)

Nessas assembleias ainda eram decididas disputas legais, cujos vereditos eram cobertos pelo manto da legitimidade. 

"Essas reuniões representavam um elo entre os reis e o povo franco..."
(página 189)

OS ARISTOCRATAS DURANTE A DINASTIA MEROVÍNGIA:

Os aristocratas que cercavam o rei eram ricos. Alguns deles eram muito ricos. Riqueza, leia-se, significava ser dono de terras. Com a terra, o aristocrata comprava uma "comitiva armada, que reforçava ainda mais a sua ambição." (página 190)
As grandes propriedades dessa época se espalhavam por várias partes. Exemplo: o clã aristocrático agilolfingos (mais poderoso no início do século VII) tinha propriedades na Renânia, nas proximidades de Paris, governavam a Baviera, etc. 

Os aristocratas "compartilhavam seus territórios locais com outros (aristocratas). (página 192)

"Isso era muito diferente da aristocracia local assentada em um castelo do século X em diante..."
(página 192)

"O poder não era local e não precisava ser defendido por muitas muralhas; era visto como régio. Ou seja, provinha de um cargo ou da Konigsnahe, e de preferência de ambos."
(página 192)

No início, esses senhores locais não usavam de seu poder para obter uma autonomia. Mas com a involução do poder monárquico, começaram a sonhar com uma fragmentação territorial. Mas os reis de então buscavam evitar essa fragmentação, cooptando os magnatas locais.
De qualquer forma, mesmo com a tentativa do rei de cooptá-lo com presentes ou cargos, um aristocrata podia muito bem ambicionar algo maior, isto é, o próprio trono real. Essa ambição alimentava a criação de facções no interior da corte. 

A CORTE MEROVÍNGIA E O EQUILÍBRIO ENTRE O PODER CENTRAL (REI) E O PODER LOCAL:

Inicialmente, alguém era um sujeito educado e treinado para servir ao rei em sua corte. Esse alguém podia, por exemplo, cuidar do cofre do reino, das finanças do reino (thesaurarius). Esse alguém desempenhou sua função de forma tão perfeita que foi premiado com uma nomeação: foi nomeado Bispo em uma localidade qualquer da Gália. Mesmo que essa localidade ficasse longe do centro de poder, esse Bispo recém-nomeado, que fora antigo funcionário na corte régia, mantinha-se fiel a ela, pois "essas nomeações episcopais...haviam difundido uma consciência e cultura cortesãs em toda a Gália franca." (página 194)
Dessa forma, esse Bispo procedia à administração da cidade, sem perder de vista sua ligação com o rei, com a corte régia, para a qual trabalhara no passado, e graças à qual fora nomeado Bispo. Essa pessoa então tornava-se "embaixador da centralidade régia..." (página 195)
Essa prática mantinha o reino merovíngio unido.
No final do século VII, todavia, "os principados periféricos ganharam autonomia prática e alguns outros duques e bispos buscaram menos patrocínio merovíngio..." (página 195)
Somente na etapa seguinte da história franca, com a ascensão dos carolíngios, a relativa inatividade do governo central seria invertida.

ECONOMIA DURANTE A DINASTIA MEROVÍNGIA:

Os reis merovíngios eram donos de extensas áreas de terra. Tinham acesso a taxas comerciais e judiciais. Controlavam ainda o que sobrara (resquícios) do sistema romano de cobrança de impostos sobre a terra.
A base do Estado estava agora no controle da posse da terra e não mais na cobrança de impostos, prática em desuso. A consequência desse desinteresse pela tributação tinha como consequência a perda de teor de ouro nas moedas merovíngias. 

"...e Clotário II renunciou formalmente ao direito a novos impostos em 614,..."
"...cessões régias de imunidade fiscal para territórios urbanos inteiros estavam começando."
(páginas 185/186)

"Em meados do século VII, as obrigações fiscais parecem ter-se tornado tributos fixos e eram obtidos de áreas cada vez menores."
(página 186)

"É provável que o sistema tributário já estivesse em desuso, tanto que Clotário considerou que valia a pena abandoná-lo, por efeito político..."
(página 186)

Ter extensas áreas de terras substituíam a necessidade de impostos. E o exército não era pago pela corte merovíngia, pois se baseava na "nas obrigações militares dos homens livres." (página 186)
Esses exércitos de homens livres eram formados pelos Aristocratas e seus séquitos (dependentes dele). Eram ainda formados pelos Condes de cidades de seus contingentes. Não tendo que pagar salários para soldados, sobrava dinheiro para o rei merovíngio. Com essa sobre, ele dava presentes para seus cortesãos. Rei e 'maior domus' distribuíam assim presentes aos seus cortesãos. Aristocratas que rodeavam reis e 'maiores domus' esperavam sempre ganhar algo em troca de seus serviços.

REI MORTO, TERRA DIVIDIDA ENTRE SEUS FILHO:

Quando um rei da dinastia Merovíngia morria, suas posses eram divididas entre seus filhos, de maneira uniforme. Foi isso que aconteceu após as mortes de Clotário I, com Clóvis e com Dagoberto I (séculos VI e VII). 

"...viam o ato de governar como uma questão suficientemente familiar a ponto de, com a morte do rei, as terras francas serem uniformemente divididas entre seus filhos."
(página 178)

Dessa forma, com a morte de um rei merovíngio, cada filho ficava com uma porção de reino. Como por exemplo, após a morte de Chilperico (561-584), seu filho Clotário II assumiu um reino no noroeste; no nordeste, Sigeberto I e seu filho Childeberto II assumiram o domínio; e na Burgúndia, Gontrão assumiu a chefia da região. 

MORTE DE CLÓVIS - 511 (SÉCULO VI):

O período que se seguiu à morte de Clovis foi caracterizado pela luta entre seus filhos e por conquistas externas. Esse período teve alguns destaques, como a da época do rei Teodeberto I (533-548), na qual moedas de ouro foram cunhadas com seu retrato e nome.

"...essas são as primeiras moedas bárbaras que reivindicava essa prerrogativa imperial, e os romanos do oriente ficaram muito ofendidos."
(página 179)

DUQUE:

Eram poderosos aristocratas que recebiam do rei merovíngio o título de Duque, uma espécie de comandante de exército, com uma missão regional, cuidando da segurança e da administração de uma determinada área do reino. O rei merovíngio Teodeberto I (533-548) estabeleceu a família franco-burgúndia dos agilolfingos como duques da Baviera. Quando esses aristocratas não conseguiam um cargo de Duque, buscavam cargos na corte régia.

PODER FEMININO NA CORTE MEROVÍNGIA:

A Rainha-mãe (mãe de um futuro rei) podia exercer a governança do reino enquanto seu filho não atingisse a maioridade. Brunilda era mãe de Childerico. Brunilda era uma princesa visigoda, que foi influente durante toda a vida de seu filho Childerico e ainda após a morte dele. Foi regente dos descendente de Childerico. 

"Em 613, Brunilda, com 70 anos, havia angariado muitos inimigos, particularmente no Reino do Nordeste, agora conhecido como Austrásia, que ela acabara de recuperar à força. Clotário II, que até então havia sido confinado a uns poucos territórios urbanos da Nêustria, no noroeste, formou uma coalização de aristocratas e derrubou Brunilda. Ele a fez ser despedaçada em público por um cavalo, em um ato claramente concebido para marcar um novo começo, e ele e seu filho, Dagoberto I (623-639), governaram um reino mais ou menos unitário durante uma geração."
(página 181)

Recapitulando: Um reino com muitos senhores. Um rei morria e o reino era dividido entre seus filhos. 

Childerico I, um chefe guerreiro tardo-romano e rei franco assentado em Tournai. Seu filho veio a se tornar Clóvis de Tournai (481-511). Clóvis de Tournai derrotou o remanescente do Império Romano do 
Ocidente na Gália, então comandado por Sigário. Venceu ainda os Alamanos e os Visigodos do Reino de Tolosa (Toulouse), na batalha de Voillé, em 507. Clóvis morreu em 511. Com sua morte, o reino franco foi dividido entre seus 4 filhos. Era um reino único dividido entre quatro reis. Apesar dessa divisão, a unidade da sociedade franca se mantinha intacta (identidade franca + identidade galo-romana). Os quatros filhos de Clóvis deram prosseguimento à expansão do reino franco. Os francos criaram uma centralidade política, que ia de Paris a Colônia (atual Alemanha). Foi o Primeiro povo a governar ambos os lados da fronteira renana (rio Reno). Em 558, o reino franco foi reunificado, após a morte de 3 dos quatro filhos de Clóvis. No entanto, o filho sobrevivente de Clóvis,  Clotário I, dividiu-o outra vez. Em 561, com a morte de Clotário I, o reino franco foi dividido entre seus quatro filhos.

Brunilda ➧mãe de Childeberto II (575-596): Sigeberto I (561-575) tinha sido o marido de Brunilda. Childeberto II morreu em 596, mas sua mãe, Brunilda, continuou ativa na política merovíngia. Tornou-se regente de dois filhos menores de Childeberto, Teodorico II da Burgúndia e, depois, de seus bisneto, até 613, quando foi apeada do poder por Clotário II.

Gotrão (561-593) Líder na Burgúndia. Em determinado momento da história, era o único rei merovíngio adulto vivo. Tornou-se patrono de seus dois sobrinhos, Childeberto, cuja mãe era Brunilda, e Clotário II, cuja mãe era Fredegunda. 

Chilperico (561-584) e seu filho Clotário II (584-629) inicialmente no noroeste. Seu reino era o menor de todos. Não tinha fronteiras externas, razão pela qual buscava lutar contra seus irmãos. Clotário II estava confinado a uns poucos territórios urbanos na Nêustria.

Sigeberto I e seu filho Childeberto governavam o nordeste, que era o antigo reino de Teodeberto, localizado na parte nordeste do reino Merovíngio, denominada Austrásia. Manteve a hegemonia na Germânia Central e Meridional.

Em 613, como dito acima, Brunilda foi derrubada por Clotário II. A partir daí, Clotário II e seu filho Dagoberto I governaram um reino mais ou menos unitário. Unitário, mas com três cortes (o reino franco foi dividido de maneira geográfica, e não apenas de forma genealógica), cada uma delas com um sub-rei: 
➧ Nêustria (Nova Terra)
➧ Austrásia (o leste, a Pátria)
➧ Burgúndia

Cada uma dessas cortes "também tinha um único chefe aristocrático, um 'maior domus', chefe da casa real (o prefeito do palácio), de acordo com a tradução inglesa." (página 181)

O Prefeito do Palácio era uma função disputada pelos aristocratas. Até guerras eram travadas em torno dessa posição de 'maior domus'. 
Com a morte de Dagoberto I, ele foi sucedido por Sigesberto III (639-656) na Austrásia  e Clóvis II (639-657) na Nêustria, ambos menores. Sigesberto III e Clóvis II também foram sucedidos por menores. A mulher de Clóvis II, Batilda, tornou-se regente de seus filhos menores. Batilda entrou em conflito com o 'maior domus' da Nêustria, Ebroíno. 
Com efeito, a  governação se dava por regência, como no caso de Batilda, o que criava instabilidade, criando-se dois polos antagônicos: a regente (rainha-mãe) de um lado e o 'maior domus' de outro lado.
Com o passar dos anos, o poder de fato passou para os 'maiores domus', notadamente para uma família da Austrásia, os Arnulfingos-Pipinidas - início do século VIII. Era o início do fim da Dinastia Merovíngia. Os reis merovíngios já vinham perdendo força:

"Quando Childerico II (662-675) mandou amarrar e açoitar um aristocrata chamado Badilo em 674 - coisa pouca para os antigos reis - , isso foi considerado um comportamento ilegal e, aparentemente, o próprio Bodilo mandou matar o rei e a rainha em 675, precipitando uma grave crise."
(página 183)

Os merovíngios tinham cedido poderes demais aos aristocratas em troca de apoio. A tensão entre o rei e seus aristocratas/'maior domus' era constante. 

"Do meu ponto de vista (do autor do livro, Chris Wickham), o final do século VII, de fato, marca uma diminuição considerável da centralidade especificamente régia."
(página 183)

A perda do poder se deu a favor do 'maior domus', que agora escolhiam e controlavam os reis.

"Os reis continuavam a ser um polo de convergência para as facções aristocráticas, e suas cortes permaneciam fundamentais  para as aspirações políticas aristocráticas, mas os maiores (domus) e os bispos políticos se tornavam os principais protagonistas."
(página 184)

PEPINO II:

'Maior Domus', originário da Austrásia, vindo de uma rica e influente família da região de Liège, no Meuse.
Em 687, os austrasianos derrotaram os neustrianos na Batalha de Tertry. A partir dessa batalha, Pepino II se tornou o 'maior domus' de todas as terras francas.
Ainda uma nova guerra entre austrasianos e neustrianos acabou com a vitória dos austrasianos, sob o comando de Carlos Martel, um filho ilegítimo de Pepino II. Carlos Martel tornou-se 'maior domus' (717-741). A corte de Nêustria foi abolida e foi inaugurada a dinastia Carolíngia.



ANOTAÇÕES EXTRAÍDAS DA LEITURA DO LIVRO "O LEGADO DE ROMA, ILUMINANDO A IDADE DAS TREVAS, 400-1000, CHRIS WICKHAM, EDITORA UNICAMP, IMPRENSA OFICIAL, GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Parte II, O Ocidente Pós Romano, 550-750, Capítulo 4, A Gália Merovíngia e a Germânia 500 - 751

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